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quinta-feira, março 28, 2024
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Livro sobre história das Fortalezas da Ilha será lançado no Museu Histórico de Santa Catarina

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Livro sobre história das Fortalezas da Ilha será lançado no Museu Histórico de Santa Catarina

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Será lançado no dia 6 de setembro, às 19h, no Museu Histórico de Santa
Catarina – Palácio Cruz e Sousa o livro <i>As Defesas da Ilha de Santa
Catarina e do Rio Grande de São Pedro em 1786 – de José Correia
Rangel</i>, organizado por Roberto Tonera e Mário Mendonça de Oliveira. A
obra ilustrada e multimídia reconstitui a história daqueles que viviam nas
cidades fortificadas de Santa Catarina e do estado vizinho no século
XVIII.

A publicação da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina e
Prefeitura de Florianópolis será distribuída para escolas, meios de
comunicação e instituições de memória. O livro tem tiragem de mil
exemplares e inclui textos introdutórios e explicativos sobre o contexto
histórico, mapas, iconografias, plantas das fortalezas da época
complementadas com fotografias das fortificações ainda existentes e um
glossário ilustrado que busca auxiliar na compreensão dos termos técnicos
do manuscrito, reproduzido em forma de fac-símile, ao lado da transcrição
em ortografia atualizada. A obra acompanha ainda um CDˆROM com o conteúdo
do material impresso em linguagem multimídia, com recursos de animação
tridimensional e links hipertextuais.

O lançamento terá a presença do diretor do Arquivo Histórico Militar de
Lisboa, Aniceto Afonso, que cedeu os direitos de publicação e assina a
apresentação do livro, exaltando-o como „um acontecimento cultural de
grande relevo‰.

A história

Santa Catarina já teve 26 fortificações de defesa no século XVIII e o Rio
Grande do Sul chegou a erguer 42, das quais sobram oito na Grande
Florianópolis e uma em São Francisco do Sul e as ruínas de apenas duas no
estado vizinho. Em alguns momentos mais tensos na história das invasões e
das disputas territoriais entre Portugal e Espanha, praticamente toda a
população da antiga Desterro e do Rio Grande de São Pedro viveu protegido
pelas Fortalezas.

Examinando-se mapas demarcados dessa época, observa-se que se enfileiravam
uma ao lado da outra, formando extensos cordões nas ilhotas e ao longo do
litoral. O início dessas construções de defesa coincide com a própria data
de fundação dos dois estados, tamanha foi sua importância no
desenvolvimento dos povoados. As possibilidades de se conhecer a vida
dentro dessas cidades fortificadas e o seu funcionamento esteve por três
séculos encerrada dentro de um manuscrito original de 1786 que só agora
vem à luz da história com a publicação de uma grande obra que une os
esforços da iniciativa individual, pública e privada.

Em 76 páginas de manuscrito, o autor entremeia 29 estampas coloridas, com
desenhos aquarelados dos uniformes, das plantas das fortificações e dos
mapas gerais de levantamento dos lugares fortificados das duas povoações.
Pinçados na tropa entre os mais capazes intelectualmente e habilidosos nas
artes dos desenhos, os engenheiros se destacavam dos oficiais comuns e da
massa inculta dos exércitos coloniais, relegada ao analfabetismo. „Eles
foram nossos primeiros urbanistas e projetistas de fortificações, igrejas,
palácios, edifícios administrativos e outras obras civis e militares,
muitas ainda presentes nos centros históricos das nossas cidades‰,
explicam os organizadores no prefácio.

Como viviam, como sobreviviam, como se organizavam, como se vestiam, o que
comiam, o que consumiam, como casavam e constituíam família, como se
divertiam, o que faziam os moradores das cidades fortificadas? Sem saber,
o futuro capitão deixou um dos documentos mais antigos e importantes da
história das fortificações dos dois estados, uma fonte para historiadores
pesquisarem o cotidiano da vida militar, o estudo das fortificações
portuguesas no Brasil e para a compreensão das origens históricas dos dois
estados. Antes de ser incorporado ao acervo do Arquivo Histórico Militar
de Lisboa, o relatório técnico pertenceu no século XIX ao general de
Divisão do Exército Português, Jaime Agnelo dos Santos Couvrer, grande
colecionador de manuscritos e foi adquirido em 1919 pela Livraria dos
Paulistas, de Lisboa.

Serviço

O que: lançamento do livro <i> As Defesas da Ilha de Santa Catarina
e do Rio Grande de São Pedro em 1786 – de José Correia Rangel</i>
(Organizadores: Roberto Tonera e Mário Mendonça de Oliveira)

Quando: 06/09/2011, às 19h

Onde:Museu Histórico de Santa Catarina ˆ Palácio Cruz e Sousa

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