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sábado, abril 20, 2024
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Professoras da rede de ensino da Capital participam de missão em país africano

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Professoras da rede de ensino da Capital participam de missão em país africano

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Projeto tem o objetivo de formar, em Angola, educadores para atender alunos com deficiências

Duas profissionais da Secretaria de Educação Municipal de Florianópolis estiveram em Luanda, capital de Angola, para assessorar a formação de educadores daquele país africano na área de Educação Especial. A Gerente de Educação Inclusiva, Geisa Bock, ofereceu o Curso de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com deficiência física, e Andréia da Costa Ferrão, professora da Escola Básica Municipal Osmar Cunha, formou professores para atuarem com autistas. Para essa missão internacional, que aconteceu no final de agosto, as duas foram selecionadas pelo Ministério de Educação do Brasil, por meio da Secretaria de Educação Especial.

A capital catarinense segue com sucesso a política nacional de educação especial. Ou seja, assegura a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas educacionais para garantir acesso à escola, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino.

Com esse histórico, Florianópolis acabou chamando a atenção de Angola, em 2009, quando uma delegação do país da costa ocidental da África esteve no Brasil para conhecer a política de inclusão, e elegeu as redes de Fortaleza e da capital catarinense como as que possuem a melhor oferta no atendimento educacional especializado. Assim, o Ministério de Educação brasileiro ampliou o convênio com o Ministério da Educação de Angola para implementar a política de educação inclusiva no país africano, visando formar educadores para atender alunos com deficiências, através da Missão Brasil-Angola: todas as crianças angolanas na escola.

Já estão em capacitação 72 professores e o Ministério da Educação de Angola deve solicitar que o Brasil forme mais 90 profissionais das diferentes províncias do país africano. Os dois ministérios também avaliam a possibilidade de uma comissão acompanhar o trabalho dos professores do AEE nas salas de recursos multifuncionais.

Florianópolis conta com 19 salas, distribuídas em escolas da rede municipal, que possuem materiais pedagógicos para a realização do atendimento educacional especializado. Por sua vez, Angola iniciará um projeto piloto com a instalação de duas salas.

Para Geisa Bock, o convívio junto aos professores angolanos foi extremamente interessante. “Conhecer histórias de vida, as expectativas dos professores e a realidade das escolas em Angola faz com que nós possamos avaliar as nossas atuações nos espaços educativos e nos possibilitam um repensar das possibilidades e oportunidades oferecidas aos nossos alunos com deficiência”, diz. A Gerente de Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação complementa: “a experiência me fez acreditar que sempre é possível qualificar a educação de todas as pessoas com deficiência”.

Educação inclusiva em Florianópolis

Assegurar a inclusão escolar de alunos com cegueira, baixa visão, surdez, deficiência mental, deficiência física, autismo e altas habilidades. Para atingir este objetivo a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis possui o serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Através deste programa, atualmente cerca de 450 alunos têm garantido o acesso ao ensino regular, sendo beneficiados desde crianças de creches e núcleos de educação infantil até os matriculados no ensino fundamental e nos núcleos de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O AEE identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que visam eliminar as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. O Atendimento é realizado no período inverso ao da classe comum freqüentado pelo estudante e desenvolvido nas salas multimeios.

Nestes locais, são trabalhados com os alunos com deficiência questões específicas para que possam acompanhar em condições de igualdade aos demais alunos o ensino regular. Como exemplo, há o ensino de Libras para os surdos, braille para os cegos e comunicação alternativa para pessoas com inexistência da fala, entre outras ações.

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