Quem não se intimidou com a chuva e acreditou na criatividade dos organizadores do Floripa Instrumental curtiu um show intimista e cheio de sonoridades na noite de quinta-feira, no salão paroquial da Igreja do Ribeirão da Ilha.
Borghetti trouxe a tiracolo o talentoso e jovem violonista Arthur Bonilla, de Cruz Alta, que desde criança atravessa o Rio Grande em festivais e apresentações, acompanhando diversos músicos gaúchos. E foi um show sem fronteiras, onde o duo, além de chamamés e milongas, misturou folclore e modernidade em músicas de compositores conhecidos, como Guinha Ramires (Barra do Ribeiro) e Alegre Correa, ambos vivendo na Ilha.
Aplaudidos em pé com Mercedita e Taquito Militar, a dupla instrumental fez do público um grande coral para a música Felicidade, de Lupicínio Rodrigues. Outro ponto alto foi a homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga com Asa Branca, com a participação especial de Jorginho do Trompete, outro virtuoso instrumentista.
Depois do show, Borghettinho ficou mais de uma hora atendendo o público que levou discos e fotos para autografar, além do último DVD, registrando os 10 anos de participações de Borghetti nos festivais europeus. Enquanto isso, no palco músicos se alternavam na jam sessiom até as 2 horas da manhã. Ali, o improviso teve encontros inéditos como, por exemplo, o do guitarrista Luiz Meira com Jorginho do Trompete. Músicos e platéia saíram do Ribeirão da Ilha com a alma lavada.
PROGRAMAÇÃO SEXTA E SÁBADO
O Floripa Instrumental prossegue nesta sexta, com oficina de Alegre Correa às 15 horas e show de Ale Ribeiro, Alessandro Penezzi e Geraldo Vargas, às 21horas. No Sábado, o encerramento é com a Banda da Lapa e Luiz Meira e Banda, a partir das 19horas.