12.8 C
fpolis
domingo, maio 19, 2024
Cinesystem

Show de solidariedade e dedicação nos Parajasc

spot_img

Show de solidariedade e dedicação nos Parajasc

spot_imgspot_img

Os 7º Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc) são um
show de superação por parte dos atletas e de solidariedade e dedicação
pelos técnicos e acompanhantes. Uma das abnegadas é a professora Sandra
Maria Aguiar Seeber, calheira do Hudson Santana, que está representando
Florianópolis nos Jogos.

Especializada em Educação Especial, a professora atua à tarde na Fundação
Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José. Mas diariamente, da
9h às 11h, ela deixa os afazeres domésticos para se dedicar
voluntariamente aos treinamentos de Hudson.

Calheira é a pessoa que segura a “calha” por onde passa a bocha da
modalidade disputada entre paraatletas com paralisia cerebral. Como o
paralisado cerebral tem comprometido todo o seu sistema motor (movimento)
há necessidade de uma pessoa para segurar a calha, que vira uma espécie de
extensão do corpo. O calheiro tem que estar em perfeito sincronismo,
direcionar e dar a força necessária para a bocha chegar ao destino
desejado.

Segundo Sandra, o motivo de se dedicar a educação especial foi o erro
médico do qual foi vítima sua irmã, Viviane Aguiar, e a deixou, no
nascimento, com paralisia cerebral. Desde então, Sandra buscou
conhecimentos técnicos para oferecer uma melhor qualidade de vida à sua
irmã e também a outros com idêntico problema. Com o desenvolvimento da
bocha paraolímpica na FCEE e a necessidade de revelar atletas para o
Parajasc, Sandra optou treinar com Hudson. Esta parceria mudou
sensivelmente sua rotina de vida. “Minha rotina está ótima, tudo de bom,
prazerosa e sem explicação”, mas para ela quem mais ganha com tudo isso é
Hudson. “A vida do paralisado cerebral se resume ao convívio familiar e na
maior parte do dia dentro de casa. A bocha deu uma volta por cima na vida
de Hudson, que além de treinar diariamente, o que já o tira de dentro de
casa, proporciona a ele o convívio social, comunicação e viagens, já que
ele está constantemente em competição”, comenta a calheira.

Atleta e calheiro precisam de entrosamento

Outro exemplo de dedicação é a jovem Débora Maciel, 24 anos e calheira de
Gabriel Emmer, paraatleta de Caçador. Para Débora, o importante é o
conhecimento e o entrosamento com o atleta. Gabriel não fala, e se
comunica somente por gestos. Débora se dedicou a esta função por notar a
força de vontade do atleta, que treina três vezes por semana.

Débora tem a mesma idade de Fabiano Zardo, que é calheiro de Janderson
Vieira Martins, de Joaçaba. Há quatro anos, ainda como acadêmico de
Educação Física, Fabiano foi convidado a atuar como voluntário na
Associação Regional de Atletas com Deficiência (Arad), se motivou a
trabalhar com paraatletas e desenvolveu seu trabalho de conclusão de curso
sobre o tema. “O que paga este tipo trabalho é a alegria que o atleta
passa pelo simples fato de estar praticando esporte apesar de todos os
entraves físicos”, destaca Fabiano.

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Leia mais

spot_img