No último sábado, dia 12, os vereadores Ricardo Vieira (PCdoB) e Lino Peres (PT) participaram do evento em prol da Criação do Parque Natural do Pântano do Sul. A atividade realizada pelo Núcleo Gestor Distrital do Pântano do Sul aconteceu no Auditório da Escola Básica Municipal Dilma Lúcia dos Santos, na Armação.
Na ocasião estavam presentes o ND do Campeche, bem como diversas representações do sul da Ilha: Cine Clube Armação, INMMAR, MOSAL, Radio Campeche, Pobres e Nojentas, Amocam e Associação dos Pescadores Artesanais do Campeche. O encontro debateu os projetos de adensamento populacional e de destruição ambiental em andamento na região, bem como a decisão da comunidade em transformar a área inundável e de Mata Atlântica existente no Pântano do Sul em Unidade de Conservação.
Para o vereador Dr. Ricardo Vieira iniciativas como a da realização do evento, mantém viva a discussão junto às comunidades sobre o futuro da nossa cidade. “Estas discussões têm que estar incorporadas no debate do Plano Diretor, do Gerenciamento Costeiro e na discussão sobre preservação ambiental da Cidade”, ressaltou o parlamentar.
Elaine Tavares, jornalista e membro do ND do Campeche, lembrou que a decisão de transformar a área em unidade de conservação nasceu em 2006, durante os debates do Plano Diretor, e foi aprovada pela comunidade em Audiência Pública. “Quem conhece o Pântano do Sul sabe que a área proposta para o parque é rica em biodiversidade, com uma fauna e flora exuberante e completamente inundável”, ponderou. Tavares também citou a falta de planejamento da cidade, a liberação de áreas para construção pela prefeitura, bem como os projetos de empreendimentos imobiliários apresentados para região.
Segundo ela, estudos realizados por ambientalistas e professores da UFSC comprovam que a instalação de mega-projetos no local ocasionaria sérias alterações no aquífero, em contrapartida, a criação do Parque Natural surgiria como uma alternativa a manutenção das características locais, possibilitando assim, a instalação do turismo ecológico responsável.
Para Gert Shinke, do ND Pântano do Sul, é necessário que a prefeitura reconheça a importância dessas terras. “O envolvimento das pessoas, as riquezas e belezas da planície e das matas vêm sendo ocultados e desqualificados, para justificar soterramentos em concreto armado. Só a ação popular pode mudar isso”.
