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Florianópolis, 13 outubro 2024

Alta dos combustíveis faz inflação em Florianópolis voltar a subir em março

NegóciosAlta dos combustíveis faz inflação em Florianópolis voltar a subir em março
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A inflação sentida pelos consumidores de Florianópolis voltou a subir em março (0,44%), depois de um mês de fevereiro em que ficou praticamente estável (-0,03%). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi a 4,48%, ultrapassando a meta de inflação nacional para 2019, fixada pelo Banco Central em 4,25%.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).

A alta mais significativa verificada pelo ICV/Udesc Esag foi a dos gastos com transportes (1,44%). Depois dos produtos de alimentação, esse grupo é o segundo com mais peso, representando quase 19% do índice. As despesas com transporte foram impactadas principalmente pela alta dos combustíveis, que subiram 4,74%.

Outros grupos de preços, ainda que com influência menor no índice geral (entre 10 e 13%), também tiveram alta acima da média do mês, como despesas pessoais (1,62%) e habitação (0,97%). Dentro desse último grupo, os aluguéis e taxas subiram 1,39%.

Na contramão dos demais grupos, os preços dos produtos de vestuário tiveram uma queda significativa, com variação de -3,13%. Se consideradas nesse grupo apenas as roupas (excluindo calçados e acessórios) a queda foi ainda maior (-4,88%).

Alimentação 

Diferente do que costumava acontecer nos meses anteriores, desta vez não foram os alimentos os principais responsáveis pela alta geral. No conjunto, os produtos de alimentação e bebidas quase não subiram (variação de 0,02%). O grupo alimentação e bebidas é o que mais pesa no cálculo geral, compondo mais de 20% do índice.

Mas essa estabilidade no conjunto dos alimentos esconde aumentos significativos no preço de alguns produtos – compensados pela queda em outros. Os tubérculos, raízes e legumes subiram em média 25,8%, com destaque para o tomate (46,3%), cebola de cabeça (27,3%) e batata inglesa (21,5%).

De acordo com o coordenador do cálculo do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, o excesso de chuva na época da colheita de algumas dessas culturas, como a batata, especialmente em São Paulo, levou à perda de parte da produção. Com menor oferta desses produtos no mercado, o preço subiu.

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 29 de março.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag), na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.