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terça-feira, abril 23, 2024
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Cinema Falado inicia a temporada 2011 nesta quarta no Museu Victor Meirelles

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Cinema Falado inicia a temporada 2011 nesta quarta no Museu Victor Meirelles

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Dia 25 de maio, quarta-feira (excepcionalmente), às 19h
Museu Victor Meirelles

O projeto Cinema Falado do Museu Victor Meirelles inicia a sua temporada 2011 na próxima quarta-feira, dia 25 de maio, com a exibição do filme catarinense A Antropóloga, do diretor Zeca Nunes Pires. Esta será a 6ª temporada do projeto e a data escolhida para a estreia celebra os 5 anos da primeira sessão, ocorrida em 25 de maio de 2006, com o filme O Gabinete do Dr. Caligari. Desde então o Cinema Falado tem se colocado como uma boa alternativa para o público cinéfilo catarinense.

Com sessões quinzenais, sempre às quintas-feiras, o Cinema Falado tem como proposta a exibição de um filme e, logo em seguida, a realização de um bate-papo conduzido por um mediador convidado. Neste ano as sessões acontecem no auditório do Museu da Escola Catarinense/Udesc, entidade que firmou parceria com o Museu Victor Meirelles, e que possibilitou a continuidade do projeto.

Desde a estreia, as sessões de abertura do Cinema Falado eram feitas com a exibição de filmes expressionistas alemães. Assim, depois do Gabinete do Dr. Caligari em 2006, teve o Nosferatu em 2007, M – O Vampiro de Dusseldorf em 2008, e O Gabinete das Figuras de Cera em 2009. Já no ano passado, 2010, quando o projeto passou a exibir produções catarinenses no início das temporadas, foi apresentado o filme Espírito de Porco, de Chico Faganello e Dauro Veras, com a mediação dos diretores.

Para a abertura da temporada 2011, o mediador será o próprio diretor de A Antropóloga, Zeca Nunes Pires. O filme, aliás, teve sua estreia nacional há cerca de um mês e, recentemente, uma polêmica o vinculou ao Museu Victor Meirelles esquentando o debate sobre aquela produção. É que uma das paredes do museu foi pichada e a frase inscrita trazia justamente uma crítica ao filme. Alguns jornais locais reproduziram e repercutiram o ato de vandalismo e a crítica e, agora, com as coincidências surgidas, será a oportunidade de o público catarinense conversar com o cineasta sobre o filme, uma das mais importantes produções cinematográficas já realizadas no estado.
O Projeto

O Cinema Falado tem como principal objetivo reunir pessoas para falar de e sobre cinema e discutir as várias interpretações que pode ter uma obra cinematográfica. A dinâmica desde a sua criação é eleger um filme por quinzena e, após a sua exibição, abrir um espaço livre para comentários e análises sobre o tema da projeção. Um mediador convidado faz uma pequena apresentação do filme, o tema inicial, e a seguir conduz as intervenções da plateia. A programação já passeou por todas as épocas, matizes e tendências cinematográficas, visitando culturas, línguas e crenças de todos os povos, do japonês ao iraniano, passando pelo australiano, o belga e o russo.

A ideia é exibir apenas filmes clássicos, os chamados filmes de arte, ou aqueles que não tenham sido devidamente apreciados quando em cartaz no circuito comercial e que mereçam tal distinção. Mas eventualmente são os próprios mediadores que trazem propostas de filmes surpreendentes e de circuitos alternativos que se revelam imperdíveis.

O Museu Victor Meirelles, com todas as suas facetas de pólo difusor de cultura, com o projeto Cinema Falado está se candidatando a mais uma, desta vez como um espaço aberto também para o cinema – um espaço de se pensar o cinema. O projeto não só exibe e debate filmes de arte, mas, mais do que isso, busca fomentar e exercitar na comunidade uma visão aprofundada da arte cinematográfica, seus temas, sua abrangência, seus limites, seu envolvimento com as questões sociais de todos os tempos.

Olhos de Músico

Como cada pessoa tem uma interpretação individual de um filme a partir de suas vivências e experiências, os comentários que se seguem à exibição não têm qualquer propósito de definir esta ou aquela impressão como a mais acertada. A figura ilustrativa que o projeto propõe é a de que o filme deve ser visto com olhos de músico, ou seja, assim como os músicos e os apaixonados por música não se cansam de ouvir música, em alguns casos até a mesma faixa repetidas vezes de modo a sempre perceber e apreciar uma nova nuance, no Cinema Falado todos exercitam a capacidade de apreciar os filmes, mesmo os já vistos, mas com os olhos atentos dos que apreciam e aproveitam para descobrir novos detalhes, fazendo deles novas interpretações.

Afinal, saber que o mocinho morre no final, não tirará a importância da narrativa. Ao contrário, sabendo o destino reservado ao protagonista poderemos avaliar e entender as suas dificuldades, seus dramas, suas alegrias e mesmo as suas opções no cumprimento da sua fatalidade. Dizemos que no cinema cada um vê o seu filme particular, que cada um tem a sua versão, cada um se toca mais ou menos com um determinado tema. No Cinema Falado todos nós teremos a oportunidade de ver o filme que cada um viu, dentro de uma única e comum exibição.

A projeção dos filmes é feita no formato DVD, usando o projetor multimídia em uma tela grande. A entrada é gratuita e as sessões acontecem quinzenalmente, sempre às quintas-feiras, às 19 horas.

Cinema Falado do Museu Victor Meirelles
Sessão de estreia da temporada 2011
Filme: A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires
Mediação do próprio diretor
Dia 25 de maio de 2011, às 19 horas
Rua Saldanha Marinho, 196 – Centro
Museu Victor Meirelles
Rua Victor Meirelles, 59
Tel. 48 3222-0692

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