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terça-feira, abril 23, 2024
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Estudo mostra o número de moradores de rua de Florianópolis

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Estudo mostra o número de moradores de rua de Florianópolis

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Foi apresentado nesta segunda-feira, 6, na Câmara Municipal de Florianópolis, o resultado da primeira etapa do Projeto Contagem da População em Situação de Rua. O estudo aponta Florianópolis com 421 pessoas em situação de rua, sendo que 144 estão em casas de acolhimento: 46 no Albergue Municipal, 66 nas Casas de Apoio e 32 em unidades cofinanciadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social. As informações são da Secretaria de Comunicação da Prefeitura. 

Entre as 277 pessoas que não utilizam nenhum abrigo da Prefeitura, a grande maioria se concentra no Centro, somando 67,1% dos entrevistados. O Norte da Ilha concentra 13,5%, o Leste 6,5% e o Continente 11%. O Sul da Ilha concentra 1,9% das pessoas em situação de rua.

O projeto visa a buscar um número oficial de pessoas em situação de rua em Florianópolis e traçar um perfil dos entrevistados e dos locais onde eles passam o tempo. O intuito da ação foi mapear a situação atual da cidade, para que novas formas de auxílio e atendimento aos moradores de rua sejam implantadas.

Para obter os dados, foi realizado um questionário nos equipamentos públicos que promovem o atendimento à população de rua (Albergue, Casas de Apoio e Centro Pop), nas entidades de acolhimento conveniadas e através do mapeamento dos territórios onde os as pessoas se encontram, pelo Serviço de Abordagem Social.

O projeto envolveu as equipes do Centro Pop, da Casa de Acolhimento Para População em Situação de Rua (Homens) Centro, Casa de Acolhimento para Mulheres Vítimas de Violência/Situação de Rua e do Albergue Municipal.

Outro dado apresentado foi a relação entre os motivos de as pessoas escolherem Florianópolis para ficar, sendo que grande parte dos moradores de rua veio de fora da cidade. O principal motivo apresentado foi a busca por trabalho, razão apontada por 64% dos entrevistados. Também foi dito que 13% das pessoas vieram por turismo e 11% por causa da família. O restante veio motivado por uma vontade de mudar de vida, pessoas conhecidas  ou motivos de saúde. Foi constatado que 66% das pessoas ainda possuem algum tipo de contato com familiares.

Também foi tópico da pesquisa o uso de drogas entre os moradores de rua. O álcool foi o mais presente entre os entrevistados, com 80% dos abordados alegando que fazem uso da droga, sendo que 27% são exclusivamente de etilistas.

O uso diário de entorpecentes está presente na vida de 77% dos moradores de rua. Entre estes, 53% também usam maconha, 37% crack e 27% cocaína. Uma parcela de 20% das pessoas entrevistadas alegou não usar nenhum tipo de droga.

A grande maioria das pessoas em situação de rua de Florianópolis é de homens, somando 88%. A idade média entre eles é de 37 anos e 35% tem ensino fundamental incompleto, enquanto 23% possui ensino médio completo.

Foram entrevistas oito pessoas que possuem ensino superior completo. A pesquisa também indicou que 58% se autodeclaram brancos, 19% negros e 21% pardos. Além disso, 61% afirmam não ter sofrido nenhum tipo de violência no último ano.

Entre os que afirmam ter recebido algum tipo de violência, 43% dizem que os agressores foram outros moradores de rua, 12% indicam ter sofrido por parte de familiares, 55% da polícia, 17% da Guarda Municipal, 17% desconhecido e 4% outros.

Diversas entidades foram representadas no evento e muitas perguntas foram feitas à coordenadora do projeto, Priscilla Mathes. Sílvia de Luca, Secretária Municipal de Assistência Social, também esteve presente.

A segunda etapa do projeto deverá ser executada entre os meses de agosto e setembro deste ano.

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