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sexta-feira, abril 19, 2024
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Exames da USP em moluscos da Baía Sul deram negativos para presença de ascarel

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Exames da USP em moluscos da Baía Sul deram negativos para presença de ascarel

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A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), órgão oficial para monitoramento de algas tóxicas e análises microbiológicas em moluscos bivalves no Estado, informaram nesta terça-feira, 29, que as amostras de moluscos coletadas na Baía Sul analisadas pelo Instituto Oceanográfico do Laboratório de Química Orgânica Marinha da Universidade de São Paulo (USP) deram negativos para presença de substâncias denominadas Bifenilas Policloradas, chamadas também de PCB (substância tóxica conhecida como Ascarel), após o vazamento de óleo na região.

Com o resultado dos exames, a Secretaria da Agricultura e da Pesca e a Cidasc avaliam que não há restrições ao consumo ostras, mariscos, berbigões, peixes e crustáceos na área da Tapera até a Freguesia do Ribeirão da Ilha em Florianópolis. A região segue embargada pela Fundação de Estado do Meio Ambiente (FATMA). A proibição da Justiça é ainda maior, de Palhoça a Governador Celso Ramos.

Nas nove amostras, cada uma com um quilo, coletadas por técnicos da Cidasc entre os dias 14 a 17 de janeiro não foram detectados a presença de PCBs. Segundo o relatório da USP, elaborado pela doutora Satie Taniguchi, a “hidrodinâmica local pode ter favorecido a dispersão dos PCBs provenientes do vazamento ocorrido. Além disso, os bivalves podem não ter sido atingidos por essa dispersão, uma vez que não apresentam nenhum indício de acumulação desses compostos”.

No relatório é destacado que os “moluscos bivalves têm sido muito utilizados como os melhores organismos para monitorar a bioacumulação de contaminantes-traço, como os PCBs, de ambientes costeiros, sendo utilizados como organismos-sentinela em escala mundial. Como animais sésseis, os mexilhões filtram grandes quantidade de água para se alimentar, sendo expostos, portanto, às substâncias tóxicas solúveis ou associadas a partículas”.

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, salientou a importância da agilidade nos resultados dos exames que verificam a presença de PCB nos moluscos para que os maricultores da área interditada possam voltar a produzir.

Rodrigues determinou que nesta quarta-feira, dia 30, seja realizado uma reunião extraordinária do Comitê Estadual de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves para analisar o resultado dos exames e o monitoramento constante de toda região.

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