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quarta-feira, abril 24, 2024
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Florianópolis pode se tornar a capital brasileira do empreendedorismo digital

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Florianópolis pode se tornar a capital brasileira do empreendedorismo digital

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Já conhecida no meio tecnológico como a “Ilha do Silício”, capital catarinense quer combinar inovação e turismo para alavancar a economia

Um dos destinos preferidos dos brasileiros e de estrangeiros que vêm ao Brasil no período de férias, Florianópolis já tem consolidado há décadas o turismo como principal atividade econômica na cidade. Com um comércio local forte e uma rede hoteleira bastante variada, Floripa agora começa a se tornar referência em outra área – o empreendedorismo. Especialmente para empresas do ramo da tecnologia.

 A então “ilha da Magia” já é chamada por alguns de “Ilha do Silício”, em referência ao Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos, onde estão sediadas algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, como o Google e o Facebook. Esse avanço recente da capital catarinense fez com que instituições renomadas, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a colocasse em seu radar. Além disso, em 2018, a revista americana Newsweek pôs Florianópolis na sua lista de centros urbanos mais dinâmicos do mundo.

A vocação para o empreendedorismo digital de Florianópolis tem como base as boas universidades, a qualidade de vida e os incentivos fiscais dados pelo governo do estado e pela prefeitura da cidade. A área de tecnologia não estava sequer entre as cinco mais importantes da economia local até 2001, mas, hoje já paga mais impostos do que a área de turismo. Se outrora Floripa vivia de negócios do turismo, hoje, já começa a despontar a economia do turismo de negócios.

Mesmo em tempos de crise econômica no Brasil, as empresas de software e hardware instaladas em Floripa estão crescendo numa média próxima dos 30% em faturamento anual. A Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate) estima que, em 2019 o crescimento consolidado do setor tecnológico de Florianópolis fique próximo de 20%. Apesar da expressiva baixa em relação aos anos anteriores, ainda é um crescimento invejável, considerando a baixa previsão do PIB nacional (crescimento em torno de 1,4%) e o crescente fechamento de fronteiras comerciais pelo mundo.

Números explicam por que Florianópolis é a Ilha do Silício

As razões que têm feito com que Florianópolis se torne uma referência nacional e global de tecnologia são diversas. Foi preciso, além da ação do poder público e das universidades, um pouco de paciência para que empresas de porte relevante aderissem à ideia. Uma das primeiras grandes companhias a se transferirem para Floripa foi o Peixe Urbano. A empresa norte-americana Arc Touch, especializada no desenvolvimento de apps, também firmou laços com a capital catarinense.

A cadeia de startups e empreendedorismo de Florianópolis também se viu fortalecida com a chegada do coworking global Impact Hub. A Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia criou recentemente um Centro de Inovação, que fomenta discussões e promove eventos em torno do empreendedorismo digital. Além disso, foi em Florianópolis que nasceu o Social Good Brasil, que apoia negócios de impacto e promove a inovação social na cidade.

Tanta movimentação tem razão de ser: Desde 1988, a prefeitura concede isenção total ou desconto de ISS e IPTU a empresas de tecnologia. Além disso, cerca de mil novos profissionais das áreas de exatas e biológicas se formam todos os anos nas universidades locais e, nos últimos 20 anos, sete incubadoras de startups foram criadas em Florianópolis. Para incentivar ainda mais o crescimento desse mercado na capital catarinense, será criado em Florianópolis a um fundo garantidor de crédito para empresas de tecnologia.

Tudo isso se falar no RD Summit, o maior evento de marketing e vendas da América Latina, que reúne pessoas de todo país que trabalham em agências, empresas ou são consultores da área de marketing e vendas. A sétima edição do evento reuniu mais de 12 mil e 175 palestrantes.

Turismo na capital catarinense quer seguir evoluindo

O fato de a tecnologia ter se tornado sinônimo de desenvolvimento em Florianópolis não significa que o turismo deva ser deixado de lado. A prefeitura da cidade segue de olho no lobby das empresas de cassinos e resorts, que têm trabalho duro para convencer o legislativo brasileiro a mudar as leis que proíbem a instalação de casas de apostas no país. O Brasil é um dos poucos países do mundo sem tradição religiosa rigorosa a proibir que cassinos e casas de apostas funcionem em seu território.

A expectativa pela criação de dividendos via cassinos é grande nos governos e prefeituras do Brasil afora. Mas em Floripa, a sensação passa da mera expectativa – segundo notícias recentes, já existem negociações para que a rede Hard Rock se instale na cidade assim que a liberação for assinada no congresso. A rede, que possui mais de 180 cafés e 29 hotéis pelo mundo, quer expandir seus negócios em um ritmo acelerado – os executivos falam na abertura de 11 novos hotéis e cassinos por ano. A cidade de São Paulo também está entre as preferidas da rede.

Se os cassinos físicos ainda estão proibidos, o governo tem demonstrado boa vontade com o setor ao liberar o funcionamento de casas de apostas online, desde que tenham servidores instalados em países com legislação própria para isso, e a veiculação de publicidade em todos os tipos de mídia para essas empresas. Isso tem fomentado a chegada de empresas importantes do setor no país, como o Cassino Online Brazil, que reúne em um só lugar as melhores casas de apostas presentes no Brasil, além de estar animando o mercado publicitário e equipes esportivas, que estão de olho em cotas de patrocínio vindas dessas empresas.

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