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sexta-feira, abril 19, 2024
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Grande movimento de turistas no início da temporada anima bares e restaurantes do litoral catarinense

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Grande movimento de turistas no início da temporada anima bares e restaurantes do litoral catarinense

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Abrasel SC realiza pesquisa com estabelecimentos do Estado e revela que para 50% dos entrevistados houve aumento no movimento em comparação ao ano anterior, e que a expectativa é positiva para o restante da temporada.

Durante os dias 3 e 4 de janeiro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Santa Catarina (Abrasel SC) realizou uma pesquisa com 100 restaurantes do litoral catarinense, propondo avaliar alguns aspectos relevantes como melhoria do movimento nos estabelecimentos, expectativa dos empresários para a temporada, entre outros. Os resultados revelam que cerca de 50% dos empresários entrevistados observaram um aumento no movimento – referente a 18 dezembro de 2010 até 2 de janeiro de 2011 – em comparação ao mesmo período do ano passado. Atrás desse número, apenas 25% considerou o movimento pior, e os demais, igual ao ano anterior.

Aproximadamente 69% dos estabelecimentos que responderam a pesquisa nas regiões do litoral Norte, Sul e Centro do Estado, acreditam e esperam um crescimento ainda maior até o final do verão, principalmente devido a temporada prolongada, por conta de o Carnaval ser no mês de março. Na Grande Florianópolis o número de restaurantes que esperam uma melhora é de 65%. A expectativa é boa mesmo com as dificuldades apontadas por muitos dos entrevistados. O trânsito, por exemplo, continua sendo, na visão dos entrevistados, o maior dos problemas. Em Florianópolis, os estabelecimentos das regiões pesquisadas – Lagoa, Norte, Sul e Centro – apontaram esse como o principal obstáculo para os turistas, totalizando cerca de 35% dos entrevistados. Já no resto do Estado o número de bares e restaurantes que reclamam do trânsito é de 27%.

No entanto, essa não é a única problemática. A elevação de custos na matéria-prima, também é uma das dificuldades que vale ser destacada. “Os estabelecimentos perceberam um aumento no preço de muitos produtos como a carne, por exemplo, que subiu cerca de 50%. Esse reajuste fez com que os empresários e clientes corressem atrás de alternativas como o pescado, mas por conta da grande procura, acabaram sendo pegos de surpresa e tiveram problema de fornecimento para esse insumo”, destaca o presidente da Abrasel SC, Fábio Queiroz. As bebidas também tiveram aumento considerável. “O refrigerante teve uma alta de 20% e a cerveja de 10%. Além disso, o grande atrativo do Estado, que são os frutos do mar, também subiu cerca de 20%”, afirma Fábio.

A mão-de-obra é outro item que ganha evidência entre as dificuldades enfrentadas pelos estabelecimentos que participaram da pesquisa. De Florianópolis e demais regiões do Estado, apenas 50% dos empresários estão satisfeitos com a equipe formada e os lugares com maior sazonalidade tiveram maior problema com essa questão. Confirmando essa informação, o Norte da Ilha aparece com apenas 33% de satisfação no quadro de funcionários dos estabelecimentos que participaram da pesquisa, e o Sul do Estado somente com 25%.

Procedência dos turistas

De acordo com os resultados da pesquisa, os empresários entrevistados confirmam o que já vem sendo observado: os visitantes paulistas continuam sendo maioria nesta época do ano, seguidos pelos paranaenses – por uma diferença menor que no ano anterior – e pelos gaúchos, respectivamente. Vale ressaltar também que os turistas vindos do Rio de Janeiro cresceram da última temporada para agora. Tanto em Florianópolis quanto nas demais regiões do Estado, a percepção de aumento desse público pelos empresários entrevistados ficou em torno de 8%. Já no que diz respeito aos turistas estrangeiros, bares e restaurantes pesquisados notaram uma pequena diminuição que, segundo alguns, pôde ser percebida mais em Florianópolis do que no restante do Estado. “Uma boa explicação para esse fato é o câmbio que está desfavorável para os turistas internacionais”, comenta Fábio Queiroz.

No entanto, entre as regiões pesquisadas, o Sul da Ilha constatou, de acordo com os entrevistados, maior crescimento no movimento e a presença de turistas com poder aquisitivo mais elevado, o que também foi destacado pelos demais estabelecimentos do Estado. A maior parte dos empresários entrevistados afirma que esse crescimento já vem sendo percebido ao longo dos anos e continua, tendo uma maior concentração em Florianópolis com cerca de 45% de melhora, contra 20% que perceberam piora.

A segunda etapa da pesquisa da Abrasel SC, que avalia o fluxo entre o mês de janeiro e o Carnaval será divulgada na primeira quinzena de março.

Confira alguns destaques da pesquisa exclusiva feita pela Abrasel SC:

· Falta de mão de obra

Os estabelecimentos entrevistados destacaram grande dificuldade de achar mão-de-obra em diversas áreas (garçons, serviços gerais, atendentes, etc.)

A dificuldade de conseguir mão-de-obra não atrapalha a demanda do estabelecimento, mas a qualidade do atendimento

Pela falta de pessoal, o preço do garçom extra, em períodos de festa, chega a quadruplicar.

Alguns restaurantes que possuem filiais em outros Estados, trazem funcionários para trabalhar em Santa Catarina, oferecendo estrutura de hospedagem e alimentação para garantir a mão-de-obra nesta época do ano

· Aumento na matéria-prima

A alta no preço da carne, fez com que os estabelecimentos fossem atrás de outras opções, como os pescados, o que ocasionou uma dificuldade de abastecimento para alguns estabelecimentos

Apesar do aumento de preço na matéria-prima, seguidos pela mão de obra e prestadores de serviços, os restaurantes tiveram que restabelecer o valor de seus produtos. Porém, os estabelecimentos não repassaram esses valores na mesma proporção para o consumidor final, havendo na maioria dos casos, diminuição da margem de lucro.

· Problema de transporte

Em Florianópolis, muitos dos estabelecimentos entrevistados relataram que o serviço de táxi oferecido na cidade não supriu a demanda. O que acontece também durante os outros meses do ano.

Alguns estabelecimentos usaram recursos próprios para viabilizar o transporte de clientes devido a falta de táxis

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