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terça-feira, abril 16, 2024
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Insegurança leva moradores de Serraria a contratar empresa privada

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Insegurança leva moradores de Serraria a contratar empresa privada

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Foco do noticiário policial, o bairro Serraria, em São José, segundo seus moradores, tem estado mais seguro nos últimos quatro meses.
Conforme opiniões coletadas com populares a melhora não se deve a uma maior e mais efetiva ação da Polícia Militar local, e sim a contratação de empresas particulares de segurança.

Particular
A Guarda Municipal Urbana (GMU) é uma delas. Formada por vigilantes que fazem rondas com motos e usam as buzinas para reforçar a presença no local, a empresa tem sido decisiva para a redução da criminalidade em Serraria, como lembra o jovem morador da região Marciel Ramos Garcez, de 18 anos. Ele conta que ultimamente a GMU contribuiu para a segurança e os sucessivos casos de assaltos a comércios do bairro também regrediu. “Cada casa paga a segurança particular, em torno de R$ 15,00 a R$ 20,00, e a ronda policial nunca teve mesmo, mas ainda assim meu pai tem um sistema de vigilância eletrônica, onde gastamos em média R$ 100,00 por mês, pois hoje em dia sem monitoramento e segurança está muito difícil e não dá para sair no final de semana”, relata o garoto.

Fatores
Garcez recorda-se de que seu pai foi vítima de dois assaltos no início do ano e numa dessas ocorrências um tiro atravessou o vidro do carro. “Não sei ao que se deve a falta de segurança na região, mas são vários fatores, além da falta de segurança pública, de um posto policial e de rondas, o que já melhoraria bastante nesse sentido”, argumenta.

Opiniões
Já João Pereira acha que a segurança não é de toda mal. “Há quatro meses melhorou com mais rondas da PM e acho que é devido ao trabalho deles. O pessoal paga particular, mas eu ainda boto mais fé na Polícia Militar, por mais que tenha gente pagando, só boto fé polícia. Se tiver ladrão não vão fazer nada, eles correm de arma na mão. Roubo sempre tem um pouquinho e de uns quatro meses para cá melhorou com as rondas da PM”, contra-argumenta.

Satisfação
Marilena Andrade não tem nada de ruim a falar. “Sempre tem polícia rondando, já ouvi falar de casos de assalto na rua, mas estou tranqüila”. Giliard Lisboa não concorda e acha que é preciso mais segurança. “É muita bandidagem. Já roubaram minha moto e acharam em Três Riachos (interior de Biguaçu). Fui fazer um lanche e quando voltei a moto não estava mais no lugar. Aqui tem vários casos e se fosse contar ficaria muito tempo falando de roubo, assalto, falta de policiamento…”, diz o ex-motociclista que agora anda de bicicleta.

Assaltos e furtos
Etelvino Dalvino Cardoso é coletor de recicláveis e para ele na Serraria falta policiamento. “Tem muito roubo, muita coisa ruim e conheço muitos colegas que foram assaltados. Tive um amigo que foi cercado por vários malandros, mas conseguiu fugir e acho que tinha que ter mais segurança”, analisa. Otávio de Amorim diz que a situação não é a que se esperava. “Tem policiamento e há ronda, mas fui furtado há alguns dias por um ladrãozinho pé de chinelo. Hoje tem o pessoal da segurança a noite como a GMU e outras, e com isso ficou mais seguro”, explica o morador.
Para Ademir Carlos da Silva a segurança está boa, também de quatro meses para cá. “O policiamento particular reprimiu a ação dos marginais, pois antes todo dia tinha crime”, analisa. Isabel Andrade acha a região muito perigosa, mas diz que “graças a Deus nunca sofri nada”.

PM recomenda cuidados com segurança privada

O comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Cleres Alberto Steffens, não só em Serraria como em outras localidades também há a contratação de segurança particular, que com a ostensividade aplicada conseguem reprimir a ação de algum elemento que queira cometer algum crime. “O importante é saber se essas empresas estão inscritas regularmente e por isso sugiro que a comunidade e os Conselhos Comunitários de Segurança possam verificar a licitude das mesmas. É preciso checar se há algum registro do exercício do serviço, pois caso aconteçam ocorrências mais graves, sem o preparo adequado pode levar perigo para a comunidade”, explica o tenente coronel.
Ele conta que a legalidade dessas empresas deve ser conferida junto à Polícia Federal. “Será que a empresa que trabalha em sua rua não é duvidosa e essas pessoas podem estar conferindo quem está saindo e entrando em casa. Os moradores têm que ter cuidado e não sabemos muitas vezes de onde estão vindo. Têm que conferir a procedência para poder agir em casos de ocorrências de maior gravidade”, recomenda o tenente coronel Cleres Alberto Steffens, comandante da PM local. (M.R.S.)

Menores agravam problemas em Serraria

Etelvino Dalvino Cardoso, tem 56 anos e comenta que os menores da região não respeitam ninguém. “Eles vão entrando na casa das pessoas e vão levando tudo. Hoje estão incomodando mais a sociedade, pois os pais e mães saem para trabalhar e deixam as crianças largadas na rua”, reclama o coletor de recicláveis.
Cardoso cita que os menores não respeitam mais ninguém. “Esse guris vão entrando na casa das pessoas e não podemos nem dar um tapa, não dá para dizer nada. Na minha casa que só tem uma cerquinha os menores vão entrando e mexe em tudo e vão roubando. Aqui na Serraria se tivesse mais creches para colocar as crianças seria melhor, pois quando se criamos, há 50 anos levei só uma surra. Depois quando passava pelos mais velhos a gente dava bênção”, relembra.

Conselho Tutelar
As recomendações do Conselho Tutelar para esses casos é a de que se for criança é necessário comunicar o Conselho. “Daí iremos ao local e comunicamos a família para providenciar o encaminhamento. Se for adolescente, considerado a partir de 12 anos, como diz o estatuto, se trata de ato infracional. Daí e caso de polícia e devem chamar a PM que irá fazer um procedimento, para em seguida localizar a família, fazer um Boletim de Ocorrência”, explica uma conselheira de São José. O telefone de contato com o Conselho Tutelar de Barreiros, que atende a região de Serraria é o 3240 6778.

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