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Mapeamento do setor tecnológico de Florianópolis aponta 2 mil vagas até final de 2011

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Mapeamento do setor tecnológico de Florianópolis aponta 2 mil vagas até final de 2011

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Estudo apresentou as principais demandas e carreiras das empresas de tecnologia da capital catarinense. Governo do Estado já anuncia projeto para formar 1000 jovens

A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável, apresentaram nesta segunda-feira, dia 09 de maio, os resultados do “Mapeamento de Recursos Humanos e Cursos do Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)”, um estudo sobre a necessidade de recursos humanos e de cursos de capacitação no setor, em Florianópolis.

Realizada em 2010, a pesquisa identificou as principais carreiras nas empresas de tecnologia, as habilidades e competências mais valorizadas nos profissionais, a demanda atual por recursos humanos e a necessidade de novos profissionais para os próximos anos no setor. Participaram do mapeamento 112 empresas de Florianópolis, que empregam 5.055 profissionais, sendo que 3.377 atuam diretamente na área de TIC, desenvolvendo ou coordenando projetos, produtos e serviços de tecnologia. De acordo com o levantamento, 67% desses profissionais trabalham em micro e pequenas empresas.

As empresas encerraram o ano de 2010 com 560 vagas não preenchidas para profissionais de tecnologia. Em 2011, a estimativa é que sejam contratados 1.517 profissionais, ou seja, este ano, as empresas irão ofertar quase três vezes mais vagas dos que as ficaram ociosas no fim de 2010. Já para 2014, as empresas estimam que irão contratar 2.397 profissionais. Isso representa 73% dos atuais 3.261 empregados nestas empresas. Em paralelo, as instituições de ensino que participaram da pesquisa, apontaram que em 2011 serão oferecidas apenas 833 vagas em cursos de graduação na área de TIC.

Entre as principais habilidades demandadas pelas empresas de seus profissionais estão o inglês, seguido de metodologia de desenvolvimento, linguagem SQL, modelagem de dados e análise e projeto de sistemas. Esse resultado demonstra que, mais do que exigir conhecimentos específicos, as empresas precisam de profissionais com domínio da língua inglesa, principalmente para ampliar a competitividade internacional do setor. Atualmente, entre as empresas que possuem mais vagas abertas para profissionais estão as que atuam nos segmentos de telecomunicações, soluções para governo e negócios eletrônicos.

“O que é problema para o setor tecnológico pode ser a solução para milhares de jovens talentos em busca de uma oportunidade. Precisamos ampliar em quantidade a formação para que, com o crescimento do setor e criação de novas empresas, possamos efetivamente criar empregos e não simplesmente transferi-los”, explica o vice-presidente da ACATE e coordenador do mapeamento, Moacir Marafon.

O reconhecimento do poder público municipal já é uma realidade. “As empresas de software e serviços de Florianópolis faturaram, em 2010, R$ 602 milhões e são responsáveis por cerca de 10% do ISS arrecadado no município, ficando atrás apenas das instituições financeiras. Para apoiar ainda mais o desenvolvimento desse setor, vamos encaminhar em breve a Lei Municipal de Inovação e o projeto que cria o Fundo Municipal e o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia”, destacou o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável, Carlos Roberto De Rolt.

Governo do Estado anuncia programa

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de SC, Paulo Bornhausen, anunciou no evento um projeto de capacitação, que está em aprovação pelo Governo Federal com recurso estimado em mais de R$ 1,6 milhões. Serão selecionados e capacitados para a área de tecnologia nos próximos 12 meses 1000 jovens de instituições de ensino ligadas ao Governo do Estado. A ideia é acelerar o processo e profissionalizar os jovens para que ocupem as vagas abertas no setor o quanto antes. O programa contará com recursos do Governo do Estado, por meio da FAPESC, já aprovados pelo governador Raimundo Colombo, segundo destacou Bornhausen.

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