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Masc abre mostra da primeira temporada do edital de exposições nesta quarta-feira

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Masc abre mostra da primeira temporada do edital de exposições nesta quarta-feira

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No dia 1º de outubro, às 19h30, será aberta a mostra que marca a primeira temporada do edital de exposições do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), lançado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), administradora do espaço, em novembro de 2013. As mostras ficam abertas à visitação gratuita até 23 de novembro, de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30; domingos e feriados, das 10h às 19h30.No dia da abertura haverá, às 17h30, um bate-papo entre o público e os artistas, também espaço expositivo do Masc.

Fazem parte da exposição as individuais Tellus, de Betânia Silveira (SC); E o Silêncio Nagô Calou em Mim, de Denise Camargo (DF); À Beira do Vazio, de Fernanda Valadares (RS); e Desiderium, de Rosana Mariotto (SP).

A ceramista catarinense Betânia Silveira apresenta sete trabalhos, intitulados Tellus 1, Tellus 2, Rastros de Ações, Amuletos da Prosperidade, Talismãs, Aceita o presente? e Tellus-Metrópolis. No total, estarão expostas 1 mil pequenas peças feitas a partir de uma performance na qual a artista aperta o barro com as mãos. Betânia tem como referência a instalação Gesto Arcaico, apresentada pela artista contemporânea carioca Celeida Tostes na XXI Bienal de São Paulo, no ano de 1991, na qual 20 mil formas de barro com as marcas de diferentes mãos unidas ocupavam uma parede da exposição.

Betânia é professora no curso de Artes Plásticas na Escola Guignard (UEMG), doutora em Artes Cênicas (2014) pela Udesc, investigando performance e teatralidade com a argila e a cerâmica como processo de borda e lugar de negociação, fronteira entre artes plásticas e cênicas. Mestre em Poéticas Visuais (ECA/USP – 2007); especialista em Cerâmica pela (UPF/RS – 1997). Em 2009 recebeu Menção Honrosa na Bienal Internacional de Cerâmica Artística em Aveiros, Portugal.

E o Silêncio Nagô Calou em Mim – Denise Camargo

A mostra de fotografias desconstrói estereótipos atribuídos à herança afro-brasileira. O projeto expográfico inclui textos poéticos da fotógrafa Denise Camargo, trilha sonora composta especialmente para a exposição, vídeo tudo com ferramentas que permitem a acessibilidade aos deficientes visuais. As lentes da premiada fotógrafa e pesquisadora focam a cultura afro-brasileira ao entrar no espaço mítico-ritual do candomblé, revelando o processo de criação da artista no território sagrado dos ritos de matriz afriana. A curadoria é de Diógenes Moura, escritor, editor, roteirista e curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1998 e maio de 2013.

A paulistana Denise Camargo é jornalista graduada pela ECA-USP e pós-graduada pela Universidade de Navarra, mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP) e doutora em Artes (IA-Unicamp). Deu aulas candomblé: uma criação no espaço mítico-ritual, de onde emergiu a exposição E o silêncio nagô calou em mim.

À Beira do Vazio – Fernanda Valadares

A pintora Fernanda Valadares utiliza a técnica da encáustica, um processo lento que remonta à Antiguidade, para compor suas obras. Camada por camada, ela aplica a cera de abelha, base do pigmento, do qual resulta o adensamento da pintura. A artista começou a usar a técnica nos anos 1990, mas só em 2007 passou a adotá-la como rotina. Em suas obras, observamos imagens de ambientes que mostram suas estruturas, como colunas e vigas aparentes, com linhas e planos que criam a ilusão de um espaço tridimensional.

Nascida em São Paulo, onde fez bacharelado elicenciatura pela Faculdade Santa Marcelina, Fernanda vive desde 2007 em Porto Alegre (RS), onde começou a desenvoulver a pesquisa sobre pintura encáustica. Vive e trabalha nessa cidade, onde faz mestrado em poéticas visuais pelo Instituto de Artes (UFRGS). Desde então, teve trabalhos selecionados para o I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea, 64º Salão de Abril/CE e 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Participou de exposições coletivas importantes, entre elas os 20 anos do MAC/RS. À Beira do Vazio é a sua quarta exposição individual.

Desiderium – Rosana Mariotto

Desiderium é um projeto que se iniciou em 2001 e foi finalizado em 2011. O trabalho “matriz” consta de 30 peças realizadas em prata, bronze e cobre, em diversas técnicas como fundição e forja. Partindo dele, todos os outros trabalhos foram gerados. O primeiro é um desenho realizado com grafite sobre a parede, utilizando as próprias peças como gabarito. O segundo é um conjunto de 24 desenhos sobre papel, executados a partir da observação destes objetos. A etapa final deste projeto é uma série com doze gravuras realizadas com processo de incisão direta sobre a chapa de cobre.

A concepção inicial do projeto teve por base uma pesquisa em torno da joalheria antiga e étnica, onde as joias impregnadas de valor simbólico representam mais que um adorno. As formas destas peças evocam o sexo feminino e o seu significado.

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