O escritor florianopolitano Mauro Roberto lança nesta terça-feira, 29, na Livraria Catarinense no Beiramar Shopping, o livro “A Partida” (Vitelli Publisher, 240 pág., R$ 35). Fascínios e lendas em torno da Ilha Magia são o cenário da obra de estreia do escritor. O evento, aberto ao público, será às 19h30.
O romance, dividido em três partes, viaja no tempo e no universo da fantasia para contar histórias envolvendo comunidades interioranas de Florianópolis. A história começa no passado e se estende até o futuro.
A primeira parte remonta ao ano de 777, quando tribos indígenas dominavam o território. Uma competição entre membros de diferentes aldeias é pano de fundo para uma história de desejo, sexualidade e poder.
Na segunda parte, o enredo é outro, a época é atual, mas o território místico e mágico é o mesmo, e as “magias” da Ilha se repetem – segundo o autor, as partes dois e três, na verdade, se complementam. Os protagonistas deixam de ser índios. Seis adolescentes curtindo as férias dão à história um tom mais leve e jovial, mas não menos cheia de mistérios. A religiosidade da comunidade também é um ponto forte no enredo de A Partida. Os dias atuais, em que o Brasil é campeão do mundo em futebol, misturam-se à realidade de uma comunidade provinciana do interior de Florianópolis. E harmonizam-se ainda com fatos pra lá de imaginativos, com direito à nave espacial, seres de outros planetas e até uma partida de futebol interplanetária. Tudo isso em meio a histórias de paixão, desejo, brincadeiras e camaradagem entre os seis garotos que conduzem a história.
Um dos principais méritos de A Partida é justamente a facilidade que o autor tem de conectar fatos que aparentemente são tão distintos. Por exemplo, depois de tratar de misticismos e fórmulas da juventude, a leitura do livro envereda para um cotidiano moderno de garotos apaixonados por futebol, com gosto pela aventura e em pleno processo de descoberta da sexualidade. Astros do futebol mundial criados pelo escritor, mas nitidamente inspirados na real história futebolística brasileira e latina, aparecem na última parte da história, conduzindo para o ápice do romance, onde a fé católica ganha protagonismo.
E novamente a conexão passado-presente se dá embebida na fórmula da juventude herdada dos antepassados indígenas. Mais uma surpresa é reservada ao leitor nas últimas páginas do livro, quando Mauro Roberto nos leva anos à frente, nos fazendo compreender o futuro que a vida reservou aos rapazes manezinhos que protagonizam a história
