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sexta-feira, abril 19, 2024
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Operação Presença faz varredura nas 49 unidades prisionais de SC

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Operação Presença faz varredura nas 49 unidades prisionais de SC

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O Departamento de Administração prisional (Deap) encerrou neste domingo a segunda fase da Operação Presença. Nas últimas 72 horas, cerca de 300 agentes penitenciários visitaram as 49 unidades prisionais do Estado. “A operação foi um sucesso pois em todas as unidades vistoriadas não foram registradas ocorrências graves. Nossas equipes percorreram em média 700 quilômetros por dia. A rotina do sistema está normal”, disse o diretor do Deap, Leandro Lima. Também participam da operação integrantes da Força Nacional, que estão reforçando a segurança em unidades prisionais do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Estadual e Federal .

A Operação Presença começou no Complexo Prisional em São Pedro de Alcântara, unidade que abriga 1,2 mil presos, a maioria considerado de alta periculosidade. Durante a realização do pente-fino – varredura nas celas em busca de materiais que coloquem em risco a segurança da penitenciária – foram apreendidos bilhetes, cartas e seis facas artesanais.

Nas 49 unidades vistoriadas foram registrados incidentes apenas em duas cadeias. Em Chapecó dois presos não queriam retornar à cela depois do banho de sol. Eles mudaram de ideia ao perceber o reforço na segurança da unidade que contou com patrulhamento aéreo do helicóptero da Polícia Civil. Não foi preciso usar a força. Em Jaraguá do Sul um preso foi agredido pelo colega de cela. Ele recebeu atendimento médico e passa bem.

Na unidade de Itajaí, local considerado crítico há dois anos, os 120 internos trabalharam normalmente no final de semana, já que ganham por produtividade, além do salário previsto pela Lei de Execuções Penais. Na ala feminina do presídio, as detentas costuram enxovais para bebês e roupas de banho – biquínis, maiôs e saídas de banho – contratadas por empresas renomadas no Vale. Toda a produção sai com a etiqueta identificando que a peça foi confeccionada pelas presas da unidade de Itajaí, motivo de orgulho para as internas como observou uma das costureiras na tarde de sábado.

A unidade também está produzindo cadeiras de rodas, a partir de sucata de bicicletas. Os internos estavam fazendo curso de solda quando resolveram fazer uma cadeira para um dos detentos que precisava do equipamento para se locomover. Depois de vários testes eles conseguiram montar a cadeira, que hoje além de facilitar da vida do preso com deficiência física, também auxilia pessoas de fora da instituição que não condições de arcar com a compra do equipamento.

A oferta de trabalho comprova todo o dia que o retorno do detento ao convívio social passa pela oferta de oportunidades de trabalho fora do sistema. A Secretaria da Justiça e Cidadania já firmou 172 convênios em cada unidade – isso representa pelo menos uma pequena fábrica em cada unidade – e hoje existem seis mil presos trabalhando em funções que exigem mão de obra qualificada. Para se ter uma idéia do que está sendo feito no Sistema prisional catarinense, em São Pedro de Alcântara os detentos produzem 4,5 mil telefones por dia para a empresa Intelbras. Em São Francisco os presos tecem redes de pesca, em Jaraguá do Sul eles lapidam parte dos motores que são exportados pela WEG e também produzem módulos de cimentos que são usados na construção de casas populares. Em Curitibanos, os detentos fazem móveis para a rede de lojas Berlanda.

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