Ex-morador de Florianópolis e hoje no RJ, o paraquedista e base jumper profissional Gustavo Areias, de 29 anos, esteve na cidade no começo deste mês para resolver umas pendências e realizou, sem publicidade e depois de muito estudo, um antigo sonho: fazer BASE jumping no mais famoso cartão-postal da Ilha da Magia. O texto é de Alanna Kern.
Enquanto os holofotes estão voltados para a reforma da Ponte Hercílio Luz, o paraquedista profissional e base jumper Gustavo Areias, sem alarde, fez o que muitos gostariam de ter coragem: saltou com um paraquedas especial para baixas altitudes (BASE jumping) do cartão-postal mais famoso de Florianópolis, no dia 3 desse mês.
Mas engana-se quem acha que esse foi um ato impensado do carioca de 29 anos. São sete anos de paraquedismo, dois anos de BASE jumping e inúmeras visitas à ponte. “Não foi maluquice, teve bastante preparação. Fui várias vezes na ponte estudar o melhor jeito de fazer o salto. Mesmo assim, deu muito medo”, conta Gustavo em entrevista por telefone ao DeOlhoNaIlha.
Sonho antigo
Essas visitas foram feitas durante os anos em que morou em Florianópolis e, mesmo voltando a morar no Rio de Janeiro, não desistiu da ideia. “Tive que voltar para Floripa e resolver umas pendências, então pensei: é agora ou nunca.”
Em inglês, a sigla BASE significa Building, Antenna, Spam e Earth. Traduzindo para o português, elas definem exatamente quais são os cenários possíveis para a prática desse esporte: prédio, antena, ponte e terra.
O salto
E dessa vez Gustavo escolheu o cartão-postal de Florianópolis para realizar o salto. Foram vinte minutos de muita adrenalina entre subida e descida, além dos treze segundos curtindo a paisagem de Florianópolis pendurado em seu paraquedas.
“Não tive muita dificuldade para realizar o salto, só no meio da subida que apareceu uns ferros no caminho e também na hora de dar o impulso. O espaço lá em cima é muito pequeno, tive que ficar com metade do pé para fora”, relembra ele.
Outro diferencial do salto foi o tempo de queda livre. “Como o salto era baixo, tive que saltar e logo abrir o paraquedas. O tempo de queda foi de apenas 1 segundo”, diz Areiais.
Segurança
Já quando o assunto é segurança, Gustavo contou com uma equipe de amigos em solo preparadas para qualquer problema. “Três amigos meus estavam no chão para ajudar caso eu me machucasse. Um deles também é paraquedista”.
O DeOlhoNaIlha tentou durante á tarde desta quinta-feira, 1º, contato coma Prefeitura de Florianópolis para saber que tipo de permissão é necessário pedir para praticar esportes radicais nas pontes da cidade, mas ninguém atendeu às ligações.
Além da ponte, Gustavo já pulou lugares como o Hotel Hilton dos EUA, a Pedra da Gávea no Rio de Janeiro e até mesmo viajado a Europa apenas para a pratica do BASE. Todos os saltos foram devidamente registrados e estão disponíveis para visualização no VIMEO e no Facebook.
Veja abaixo o vídeo do salto de Gustavo na Ponte Hercílio Luz:
base jump floripa from gustavo areias on Vimeo.