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Pesquisa do Observatório de Negócios do Sebrae/SC indica que o avanço da vacinação contribuiu para retomada econômica no segundo trimestre do ano

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Pesquisa do Observatório de Negócios do Sebrae/SC indica que o avanço da vacinação contribuiu para retomada econômica no segundo trimestre do ano

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As vendas aumentaram em 44,9% dos pequenos negócios catarinenses nos últimos três meses e 61,3% dos empresários acreditam que a economia brasileira vai melhorar nos próximos meses

Uma pesquisa do Observatório de Negócios do Sebrae/SC, realizada com 810 Micro e Pequenas Empresas catarinenses, entre 5 e 25 de julho, avaliou o desempenho da atividade econômica do segundo trimestre de 2021 (abril a junho/2021) e as expectativas dos pequenos negócios para o terceiro trimestre do ano. Com mais de um ano de pandemia, o cenário revela sinais de recuperação nas atividades econômicas das empresas catarinenses. 

Neste 2º trimestre ocorreu o controle gradual do cenário pandêmico, devido ao andamento da campanha de vacinação alcançar grande parte da população adulta no combate à Covid-19 e a redução das medidas de restrições que, somado às reformulações estratégicas feitas nos trimestres anteriores pelos empresários frente a este cenário, fizeram as vendas aumentarem em 44,9% dos pequenos negócios. Porém, os efeitos da pandemia ainda refletem no registro de queda nas vendas próximo a 1/4 dos empresários.

A pesquisa mostrou que a maior parte das empresas (44,9%) obteve ganhos no trimestre – mais de 1/4 delas com ganhos superiores a 10% –, e 30,7% informaram não ter tido alteração nas vendas em comparação ao trimestre anterior. Por essa razão, o índice de situação atual de vendas aumentou 89,8% em comparação ao que foi registrado no trimestre imediatamente anterior e foi 257,2% superior ao registrado no segundo trimestre de 2020, cujo índice foi de 13,49 pontos. Isso fortalece os indicativos de retomada das atividades e de recuperação progressiva da crise provocada pela pandemia, seguindo o comportamento registrado no 3º e no 4º trimestre de 2020. 

No último trimestre, foi registrado que 24,2% dos PNEs registraram queda nas vendas, porém apenas 18% registraram prejuízos, o que indica que a redução não foi tão intensa a ponto de comprometer o equilíbrio econômico dos negócios. A pesquisa indica ainda que 52,2% registraram lucro, e 44,9% tiveram aumento de faturamento.

“O avanço da vacinação tem contribuído diretamente para a melhoria do ambiente de negócios e para a retomada de faturamento dos pequenos negócios. Além disso, percebemos que o otimismo dos empresários para os próximos meses está maior, levando em um aumento de investimentos e consequente aumento de produtividade e geração de emprego e renda. Acreditamos que os próximos meses serão de retomada para os pequenos negócios”, comenta o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.

Setores e Portes 

A Indústria segue como o setor mais fortalecido após a pandemia e registra o maior número de empresas que tiveram crescimento entre os setores no trimestre. Os setores de Serviços (46,4%) e Comércio (44,2%) também tiveram, predominantemente, aumento nas vendas.

Entre os portes, as pequenas empresas mostraram reação mais expressiva e 50,2% registraram crescimento nas vendas no trimestre. O MEI é o único segmento de porte em que predominou a diminuição nas vendas (38,2%).

Formas de pagamento aceitas no negócio 

Dinheiro segue sendo a forma de pagamento mais aceita entre as empresas, seguido pela tendência do momento, o Pix. A transferência bancária também é uma alternativa bastante

utilizada. Entre as opções menos utilizadas, o pagamento por cheque ainda tem destaque no setor de Comércio e para empresas dos portes ME e EPP.

Vendas na internet

A pesquisa do Observatório de Negócios do Sebrae/SC apontou que o uso das redes sociais é uma ferramenta muito dinâmica nas vendas dos pequenos negócios. Instagram, Facebook e WhatsApp foram as redes sociais preferidas entre aqueles que utilizaram as mídias digitais. 

Dos pequenos empresários, 22,8% não sentem dificuldades para comercializar on-line, já 26,3% dos empresários relatam que possuem dificuldades de postar conteúdos com frequência, seja por falta de tempo, hábito ou, ainda, por falta de conhecimento e familiaridade com as tecnologias. A alta concorrência de empresas do mesmo setor nas mídias é outro dificultador (7%). Uma parcela de 14% dos empresários atribuiu a dificuldade de ampliar as vendas ao cenário externo – falta de dinheiro para investimentos na área, altos custos do marketing, fidelização pelas mídias e a própria estrutura de negócios.

Compras

As compras aumentaram para 36% dos pequenos negócios no trimestre, número tecnicamente equilibrado com aqueles que não alteraram o volume de compras. O índice de situação atual de compras subiu 66,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e aumentou 196,8% ao registrado no mesmo trimestre de 2020.

Custos

 Já em relação aos custos, 52,5% das empresas perceberam aumento nos custos em relação ao trimestre anterior, e apenas 19,6% conseguiram manter os custos baixos no 2º trimestre. O índice de situação atual de custos caiu 14,8% em relação ao último trimestre (1º tri/2021) e 36,7% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, confirmando a dificuldade dos pequenos empresários frente ao aumento sistemático de custo dos insumos de seus negócios.

Produtividade

O aumento de produtividade foi percebido em 39,3% das empresas, em comparação ao trimestre anterior, seguindo uma correlação com o movimento de aumento das vendas. Com a retomada econômica, as empresas voltaram a produzir mais.

O índice de situação atual de produtividade* atingiu 45,5 pontos, elevando-se em 59,6% quando comparado ao trimestre anterior, e permanece muito superior (+176,6%) ao registrado no mesmo período de 2020.

Investimentos 

O quantitativo de empresas que investiram neste trimestre foi bem superior ao trimestre anterior (30,3% no 2º tri/21 contra 19,7% no 1º tri/21), e segue como mais um indicador de confiança na retomada da economia por parte dos empresários, já que no 2º trimestre do ano de 2020, início da pandemia, esse quantitativo foi de cerca de 10%. Entre os investimentos realizados, destacam-se os realizados em maquinários, em equipamentos e em melhorias na infraestrutura das empresas.

Expectativas para o próximo trimestre

As expectativas para o próximo trimestre são positivas e os empresários têm sido bastante realistas em suas projeções. Como exemplo, vemos que o desempenho esperado para o segundo trimestre de 2021 se confirmou: 42,6% tinham expectativas de um aumento nas vendas e 44,6% apuraram esse resultado. Para o 3º trimestre de 2021, espera-se um aumento ainda mais significativo de vendas, 68,6% superior ao mesmo trimestre de 2020, auge da pandemia, quando apenas 13,2% acreditavam no aumento de vendas e receita. 

As compras tendem a aumentar no próximo trimestre, sendo que 51,2% dos PNEs esperam comprar mais do que projetavam entre os meses de janeiro e março de 2021. O indicador de produtividade reforça a confiança dos empresários em suas previsões. Para o segundo trimestre, apenas 39% esperavam aumento de produtividade, e o índice, de fato, foi de 36% – valor bastante próximo. Para o próximo trimestre, com o esperado crescimento de vendas e faturamento, a expectativa é de aumento da produtividade, que deve alcançar 62,4% dos PNEs nesse movimento de crescimento.

Os empresários detectam melhora na economia brasileira e passam a crer que sua produtividade e suas vendas alavancarão e, para isso, investimentos também precisarão ser feitos. A expectativa para o próximo trimestre é de que 35,2% dos empresários façam investimentos, número 16,2% superior ao investido neste segundo trimestre. 

Quase 2/3 dos pequenos empresários catarinenses (61,3%) acreditam que a economia brasileira vai melhorar no terceiro trimestre do ano, um número bem superior ao registrado no trimestre anterior; já outros 26,3% não esperam uma piora da economia e acreditam em um cenário estável, sem mudanças, ou seja, de manutenção da condição atual de estagnação e/ ou mínimo crescimento.

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