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sábado, abril 20, 2024
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Pesquisa do Sebrae/SC indica que último trimestre de 2020 foi de recuperação econômica mesmo com cenário atual de pandemia

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Pesquisa do Sebrae/SC indica que último trimestre de 2020 foi de recuperação econômica mesmo com cenário atual de pandemia

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No entanto, os empresários se apresentam pouco otimistas em previsão para o primeiro trimestre do ano
 
Uma pesquisa do Sebrae/SC, realizada com 810 Micro e Pequenas Empresas catarinenses, entre 4 e 25 de janeiro, avaliou o desempenho da atividade econômica do último trimestre de 2020 (outubro a dezembro/2020) e as expectativas dos pequenos negócios para o primeiro trimestre do ano. A pandemia causada pelo novo coronavírus ainda é o que mais impacta os pequenos negócios, mas vem diminuindo ao longo dos trimestres, apontando uma queda de 7 para 4 a cada 10 pequenos negócios que enfrentam mudanças.
 
Além disso, houve aumento de vendas e lucro no último trimestre, de 67% e 66%, respectivamente. No entanto, com o reaquecimento das atividades, o empresário também vem enfrentando novas dificuldades que possuem relação com o cenário atual, como o atraso de fornecedores, dificuldades de acesso à matéria prima e o aumento dos custos.
 
O diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, avalia que o cenário ainda é delicado, mas o empresário catarinense é resiliente. “A crise que estamos enfrentando desde o ano passado é sem precedentes e com certeza sentiremos o impacto dela no curto e médio prazo. Porém, é importante detectar esses pequenos avanços porque mostra que o cenário está mudando e que o empresário está se adaptando a ele. Muitos desafios ainda virão, mas vamos enfrentá-los”, comenta Luc.
 
Após a queda intensa nas vendas nos dois primeiros trimestres do ano, a reação é promissora, percebida no terceiro trimestre e confirmada no último trimestre do ano, indicando recuperação econômica mesmo com o contexto atual de pandemia. Apesar de o quarto trimestre do ano ser tradicionalmente de resultados mais expressivos, movimentado pela agenda de comemorações de fim de ano, o crescimento de vendas neste último período de 2020 atingiu o patamar mais elevado dos últimos cinco anos.
 
A recuperação mais expressiva permanece no setor industrial, onde 72,8% das empresas registraram aumento das vendas, seguido do comércio com 65,6% de incremento.
 
Vendas online
 
Outro ponto observado na pesquisa é uma melhor adaptação do empresário às mudanças provocadas pela pandemia nos seus negócios, como por exemplo, a venda online. O uso de canais digitais tem sido um diferencial para o sucesso dos negócios.
 
Cerca de 73,3% das micro e pequenas empresas realizaram vendas pela internet ou redes sociais no último trimestre do ano. Também chama a atenção a quantidade de MPEs aderindo ao uso do Marketplace, que já soma 21,1%.
 
Empresas que utilizam estas ferramentas registraram 68,3% de aumento de vendas no 4º trimestre. Porém, o grupo que não aderiu ao digital teve uma parcela de quase 20% de empresas com queda nas vendas, enquanto nas empresas que vendem pela internet este indicador é menor, de 13,4%.
 
Expectativas para 2021
 
Quanto às expectativas, percebe-se uma baixa no otimismo do empresário, para o período de janeiro a março de 2021. Normalmente, este é um trimestre de queda de vendas, porém, para 2021, o esperado é praticamente a metade (17,8%) do que os empresários previam para o mesmo período de 2020 (37,2%).
 
Já em relação ao uso da internet e redes sociais como canal de comercialização, seguirá sendo bastante utilizado. Os empresários pretendem manter o uso destas ferramentas, especialmente do whatsapp e do Instagram. O uso do marketplace segue estável em torno de 20%, indicando que a adoção desta ferramenta foi eficaz e tende a permanecer.
 
Investimentos
 
O total de empresas que pretendem realizar investimentos no primeiro trimestre do ano caiu cerca de 4% em relação ao total que investiu entre outubro e dezembro de 2020. Apesar disso, os investimentos seguem concentrados na ampliação ou implantação de vendas digitais (29,2%) e na estrutura dos negócios – equipamentos, máquinas, reformas e ampliações (19,7%). A contratação de mão-de-obra é prevista, por apenas 7,9% dos que pretendem investir.
 
Situação econômica do país
 
As expectativas quanto à situação econômica também diminuíram, quando comparadas ao ano anterior. Apenas um terço (30,3%) dos pequenos empresários catarinenses acredita que a economia brasileira vai melhorar no primeiro trimestre do ano. Após dois últimos trimestres de expectativas bem positivas (44,7% no 3ºtri/20 e 59,3% no 4º tri/20), este novo período é marcado pela cautela.
 
Ainda que não esperem uma piora da economia, mais da metade dos empresários aposta em um cenário estável, sem mudanças.
 
Geração de empregos
 
A melhora no quadro econômico das empresas com aumento de vendas e de investimentos no último trimestre de 2020 (outubro a dezembro) recuperou parte das vagas de empregos fechadas nos primeiros meses da pandemia, com crescimento de 1,1% de contratações no período.
 
Apesar das baixas expectativas de resultado para o primeiro trimestre do ano, os empresários acreditam em novas contratações, da ordem de 2,59% de aumento no quadro de colaboradores.

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