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sexta-feira, abril 26, 2024
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Policiais Federais catarinenses vão aderir à greve nacional de 72h desta semana

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Policiais Federais catarinenses vão aderir à greve nacional de 72h desta semana

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Os policia federais de Santa Catarina decidiram aderir à greve de 72h decidida em assembleias realizadas pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) nos dias 16 e 17. A paralisação ocorrerá entre quarta e sexta-feira. Segundo as entidades sindicais, a cada ano mais de 250 agentes federais abandonam a carreira, o índice de doenças psíquicas é "altíssimo", a queda no número de indiciamentos é "comprovada", o aumento da violência e criminalidade no país é "visível" e os problemas de gestão das polícias são "piorados por chefias que são escolhidas por critérios políticos".

Em entrevista à reportagem do DeOlhoNaIlha na manhã desta segunda-feira, 20, o presidente do sindicato da categoria no Estado (Sinpofesc), Joel Moraes Ferreira, confirmou a adesão, mas disse que 30% de servidores continuarão trabalhando, no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Superintendência, nas delegacias descentralizadas – inclusive com marítima. O serviço de emissão de passaportes não será interrompido.

De acordo com Ferreira, a paralisação começará depois das 18h desta terça-feira, 21, com a realização de atos em frente à Superintendência da PF em Florianópolis, localizada na Avenida Beira-mar Norte, e defronte as delegacias descentralizadas. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para as bandeiras da categoria, sem com isso prejudicar o atendimento ao público.

Motivações da greve

Segundo a Fenapef, os agentes, escrivães e papiloscopistas federais se sentem desprestigiados, com salários congelados há seis anos, e reclamam da falta de compromisso do atual governo em relação ao termo de acordo que finalizou a última greve em 2012.

O estopim da greve é a recente Medida Provisória 657, que “atropelou”, no dizer da Federação, as tratativas junto ao Ministério do Planejamento. Ao restringir as chefias e o conceito de autoridade policial somente para o cargo de delegado, a medida cria uma hierarquia política nunca existente na PF, e retira a autoridade e autonomia técnica dos demais policiais envolvidos nas investigações.

Segundo Jones Borges Leal, presidente da Fenapef, “queremos uma polícia com chefes que mereçam os seus cargos pelo mérito e pela experiência. Somente com profissionalismo podemos evitar interferências nas investigações, garantir que todas as provas produzidas pelos agentes federais cheguem na justiça e impedir que ocorram vazamentos de informações sigilosas”.

“A Polícia Federal está sendo destruída, e é um absurdo como são desperdiçados os recursos financeiros e humanos, enquanto a população brasileira precisa do combate ao crime organizado e corrupção. Hoje, infelizmente, milhares de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal são engolidos pela burocracia”, explica Leal.

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