A falta de um padrão de preços dentro da própria rede de feirões Direto do Campo, apesar de não existir acordo para cobrança de valores diferenciados para os mesmos produtos no mesmo espaço, monopolizou audiência pública na Câmara de Vereadores. A audiência foi proposta pelo vereador Márcio de Souza, que afirmou receber reclamações sobre a má qualidade e valor excessivo dos produtos.
O Direto do Campo é um programa da Prefeitura que tem o objetivo de oferecer alimentos para a população de baixa renda, com qualidade e preço baixo. A rede tem quatro estabelecimentos, localizados na Agronômica, Canasvieiras, Tapera e no Centro de Florianópolis. A principal conclusão da audiência pública é que está faltando fiscalização tanto da Prefeitura como das organizações de defesa do consumidor. Administrado por particulares com a concessão do poder público, cabe a Secretaria Executiva de Serviços Públicos (SESP) do município fiscalizar o preço e o bom funcionamento das feiras. Para o vereador Márcio de Souza, o que falta é maior comunicação entre Prefeitura, Procon e os consumidores das feiras.
Na audiência pública fez-se menção a pedido de informações da Câmara à úblicos (SESP), solicitando diversos dados. O pedido foi provocado por diversas reclamações de consumidores do Direto do Campo da Agronômica. Segundo eles, os espaços internos dos feirões foram divididos e com preços diferenciados, de forma que os melhores ficam dispostos no espaço “A” e os piores no espaço “B”, com preço único. Outra reclamação foi que no Monte Verde os dois caminhões que fazem o serviço de feira em espaços públicos, também vendem no atacado para grandes comerciantes do bairro, inviabilizando a aquisição de produtos ao varejo por parte da comunidade.
Na audiência pública a SESP explicou que a venda no atacado em tais feirões não é autorizada, que não existe acordo para cobrança de preços diferenciados para os mesmos produtos no mesmo espaço e que não há isenção de impostos para os fornecedores.