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terça-feira, abril 23, 2024
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Programação festiva marca a inauguração do Parque Natural Municipal do Morro da Cruz

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Programação festiva marca a inauguração do Parque Natural Municipal do Morro da Cruz

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O Maciço do Morro da Cruz ganhou sua primeira grande área de lazer neste sábado, 30. Reivindicação de mais de uma década, o Parque Natural Municipal do Morro da Cruz foi entregue à comunidade com uma intensa programação festiva, recheada de atividades recreativas, esportivas, culturais e de educação ambiental. As informações são da Secretaria de Comunicação da Prefeitura.

O Parque Natural Municipal, que por lei é uma unidade de conservação de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, ocupa uma área de cerca de 1,5 milhão de metros quadrados.

O investimento foi viabilizado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e atingiu R$ 1.795.461,63. Do montante, 71% vieram do governo federal e 29%, da Prefeitura de Florianópolis. As obras foram executadas pela Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental.

O evento de inauguração da sede do Parque Natural Municipal do Morro da Cruz contou com apresentações da Velha Guarda da Escola de Samba Embaixada Copa Lord, da soprano Rute Gebler, de R&B de Alex B., e apresentação de boi-de-mamão.

Além de palco circense, exposição fotográfica de aves e circuito de observação, bem como exposições de animais de papietagem da Mata Atlântica, entre outras, trilhas educativas, plantio de mudas, oficina de pipa e brinquedos para a garotada, como cama elástica, piscina de bolinhas, muro de escalada e slack line.

Infraestrutura

A infraestrutura conta com três trilhas, que servirão tanto para contemplação da flora e da ave-fauna como instrumento pedagógico de educação ambiental. A Trilha da Pedra dos Gaviões e a Trilha da Rendeira iniciam próximo ao estacionamento do lado Norte da sede.

A Trilha Pedra dos Gaviões passa por 140 metros de Mata Atlântica e termina no mirante natural da Pedra dos Gaviões, possibilitando uma vista panorâmica das baías Norte e Sul e da parte continental da cidade e de municípios vizinhos.

Já a Trilha da Rendeira (que recebeu esse nome em homenagem a uma pequena ave comum na região, a Rendeira ou Estala-bilro, que antes do acasalamento produz estalos semelhantes aos bilros das rendeiras da Ilha), de 180 metros de extensão, perfaz um circuito completo, também passando pela floresta, uma nascente d’água, um antigo caminho feito por carro-de-boi e retornando ao ponto inicial.

A Trilha dos Camboatás – “batizada” assim para homenagear o Caboatá-branco, uma árvore que pode chegar a 20 metros de altura – é a maior das três trilhas, com 280 metros. Ela sai do deque de contemplação do lago (artificial) Norte, passa pela Mata Atlântica, por área de recuperação ambiental, pelo anfiteatro com capacidade para 50 pessoas, por outra parte da floresta e chega ao deque do lago (artificial) Sul.

A sede do parque também dispõe de duas quadras esportivas, sendo uma de areia e uma de concreto; dois parques infantis; duas áreas com equipamentos para ginástica; um viveiro de mudas; áreas de estar com bancos; dois banheiros e vestiários, localizados próximos das quadras esportivas e da estrutura administrativa, ou sede propriamente dita, do parque, além de estacionamentos e pórticos em cada um dos acessos Norte e Sul.

Projeto

Segundo a arquiteta responsável pelo projeto, Cibele Assmann Lorenzi, a escolha dos 40.225 m2 para sede do Parque Natural Municipal do Morro da Cruz levou em conta a existência de áreas degradadas e a proximidade com comunidades carentes – o Morro do Horácio, o Morro do 25 e a Vila Santa Vitória, no lado Norte, e o Monte Serrat, o Alto da Caieira e as ruas Ângelo Laporta, José Boiteux e Laudelina da Cruz, no lado Sul.

Os lagos foram construídos aproveitando antigos açudes, e as quadras esportivas foram feitas em lugares sem muita vegetação, devido à degradação ambiental. Um total de 1.385 mudas de 21 espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica foram plantadas buscando a restauração florestal e a recuperação do meio ambiente. O Garapuvu, árvore-símbolo de Florianópolis, foi uma das espécies que foram reintroduzidas na área do parque durante este plantio.

Para a inauguração da sede, também foram cultivadas orquídeas e bromélias, entre outras plantas. E, ainda este ano, deve ser construído um espaço de tratamento de resíduos orgânicos que contará com processos de compostagem e minhocários, para serem utilizados na manutenção do parque e doados ao entorno. Além disso, a FLORAM vai dar capacitação aos moradores das comunidades locais interessados em replicar os processos em suas casas.

Comunidades

Moradores das 16 comunidades do Maciço do Morro da Cruz serão os mais beneficiados com a sede. São elas, a Mariquinha, o Monte Serrat, o Tico-Tico, o Morro do 25, o Morro do Horácio, o Morro da Penitenciária, o Morro da Queimada, o Jagatá, o Morro do Céu, a rua Ângelo Laporta, a rua José Boiteux, a Vila Santa Vitória, a Vila Santa Clara, a Serrinha, o Alto da Caieira e o Mocotó. No total, são 22.708 pessoas de 5.677 famílias cadastradas.

De acordo com o superintendente adjunto da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), Bruno de Souza, quem tiver propostas e projetos de ocupação da sede deverá entrar em contato com o órgão. A administração do parque está a cargo da FLORAM, que definiu que a sede estará aberta todos os dias, das 8 às 18 horas, e terá vigilância 24horas.

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