A Prefeitura de Florianópolis fez nesta quinta-feira, 5, a primeira ação do ano da operação DNA do Pescado – que verifica, por amostragem, se a espécie de pescado disponível no mercado corresponde exatamente à espécie anunciada. A ação fez parte da Operação Presença.
Acompanhado de fiscais do Procon, o coordenador do projeto, Tiago Frigo, coletou amostras nos maiores supermercados e peixarias de Florianópolis, com a intenção de fiscalizar fraudes e substituições de pescados vendidos na cidade.
Até o fim da manhã desta quinta feira, foram recolhidas 15 amostras. Nesta primeira ação, serão recolhidas no total 50 amostras de peixes vendidos como sendo bacalhau, que serão enviadas para o laboratório Myleus, de Minas Gerais. As análises apontarão se as amostras coletadas são das espécies gadus morhua, gadus macrocephalus e gadus ogac, as únicas que podem ser consideradas como bacalhau autêntico.
A última ação, realizada na Páscoa de 2014, apontou que, das amostras coletadas, 40% não correspondiam à espécie que estava sendo vendida. Para Tiago Frigo, que é engenheiro de aquicultura, este resultado é bastante alarmante. “A fraude no comércio de pescado em Florianópolis está atingindo um nível muito alto, exigindo a continuidade desta política inovadora, até para evitarmos novas fraudes e melhorar a qualidade do serviço prestado à população”, disse.
O laudo das análises estará disponível em 21 dias e os estabelecimentos autuados serão multados pelo Procon municipal. Outras ações do DNA do peixe estão previstas para acontecer no decorrer do ano, em parceria com a FAPEU/UFSC.
Projeto pioneiro
O projeto DNA do Peixe – desenvolvido na Prefeitura de Florianópolis – é um trabalho pioneiro no Brasil, tendo sido exposto em conferências pelo país e publicado em revistas de renome mundial, como a revista inglesa Food Control.