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quinta-feira, abril 18, 2024
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Seminário traz a Florianópolis o debate sobre o improviso na música brasileira

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Seminário traz a Florianópolis o debate sobre o improviso na música brasileira

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Em 1934, aos 16 anos, um franzino carioca chamado Jacob Pick Bittencourt venceu um concurso de instrumentistas na Rádio Guanabara. Garoto que aprendeu a tocar e a improvisar sozinho ouvindo os choros nas rodas do bairro da Lapa, onde se criou, o futuro Jacob do Bandolim, que completaria 100 anos em 2018. E o improviso que sempre esteve presente no choro, bossa nova, MPB, samba-jazz e na música instrumental brasileira, vai estar no centro da programação do 2º Seminário de Improvisação Musical Brasileira – SIMB, que acontece de 2 a 5 de maio, de quarta a sábado, em Florianópolis. 

Projeto contemplado pelo Edital Elisabete Anderle no ano passado, o 2º SIMB terá palestras abertas ao público na sala de cinema do CIC (das 16h às 17h30min). Serão quatro noites de shows no Teatro do Sesc Prainha, às 20h, com ingressos gratuitos que podem ser retirados no local a partir das 19h. Para os concertos e palestras não é necessária inscrição prévia, porém para as oficinas e práticas musicais as inscrições já estão encerradas. No total, se inscreveram 135 músicos oriundos de 11 cidades catarinenses e sete estados brasileiros. 

O SIMB é uma realização da Base Cultural, da produtora Mônica Becker, e do violonista e compositor catarinense Leandro Fortes, e a primeira edição aconteceu em 2015, através do programa Rumos Itaú Cultural. A programação das oficinas, palestras e práticas musicais no CIC, e dos shows no Sesc Prainha está no site www.seminariomusical.com.br

A inquietação de Leandro com a improvisação é antiga, e inclusive foi tema de sua monografia de conclusão do curso de música da Udesc, em 2007. “Percebi que existem diversas opiniões acerca do mesmo assunto. Alguns músicos falam que a transcrição é o melhor caminho para aprender o vocabulário, e outros dizem que não. Alguns instrumentistas aprenderam de uma maneira mais autodidata, outros são mais acadêmicos. Cada vez mais acredito que o encontro, o diálogo e a convivência são os fatores chave para o aprendizado musical. A comunidade, o entorno e o contexto determinam a produção artística”, diz o músico.

Mônica destaca uma das novidades desta segunda edição: a oficina para crianças de 7 a 11 anos sobre “A música no universo indígena”, com as musicistas e pesquisadoras Magda Pucci e Berenice de Almeida, na tarde de sábado, dia 4. “Era algo que queríamos ter feito já na primeira edição. A Magda tem uma pesquisa incrível com a música indígena e a Berenice é uma pianista que trabalha há muitos anos com crianças”, afirma a produtora.  

Na primeira noite de shows no Sesc Prainha, no dia 2, o duo Padovani e Saggiorato apresenta o show “Aquelas Coisas Todas”. Na quinta, dia 3, será a vez de Leandro Fortes e Grupo no espetáculo “Diagonal”. Na sexta, dia 4, acontece o encontro inédito entre o pianista Luiz Zago, o guitarrista Julio Herrlein e o saxofonista Marcelo Coelho no concerto “Afluentes”. E no encerramento, sábado, dia 5, o compositor Itiberê Zwarg, baixista da banda de Hermeto Pascoal há mais de 40 anos, se apresenta com os alunos de sua “Oficina de Música Universal”.

Serviço
O quê: 
2º Seminário de Improvisação Musical Brasileira;
Quando: de 2 a 5 de maio;
Locais: CIC, Teatro do Sesc Prainha e Garagem da Dança;
Informações: email contato@seminariomusical.com.br e pelo fone (48) 99101-0625;
Inscrições: www.seminariomusical.com.br

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