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sexta-feira, abril 19, 2024
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CPI dos Radares: Servidores ouvidos negam acusações

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CPI dos Radares: Servidores ouvidos negam acusações

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A CPI dos Radares, composta por um grupo de vereadores da Câmara Municipal de Florianópolis, ouviu nesta quinta-feira, 5, mais dois servidores municipais citados nas investigações da Polícia Federal na Operação Ave de Rapina. O guarda municipal Adriano Melo foi o primeiro a depor. Acompanhado dos advogados, Alexandre Salum Pinto da Luz e Alessandro Marcelo de Souza, o depoente respondeu a todas as perguntas dos vereadores. Em muitas das questões, no entanto, afirmou “não saber ou não lembrar do fato”.

Sobre o relacionamento com Júlio Pereira Machado, apreendido em setembro de 2014 com cerca de R$ 100 mil depois de uma visita a empresa Kopp – responsável pelo sistema de radares da Capital – localizada no Rio Grande do Sul, Adriano Melo afirmou que os dois tinham uma ótima relação. Mas, garantiu que ficou sabendo da apreensão somente uma semana depois do ocorrido.

Logo depois do depoimento de Adriano Melo, que durou três horas, foi a vez de Júlio Pereira Machado ser ouvido. Seguindo orientação do advogado Hélio Brasil, o intimado recusou-se a assinar o termo de compromisso em falar a verdade e amparado pelo artigo 5º da Constituição permaneceu calado na maioria dos questionamentos.

Entre as poucas respostas enfatizou que durante sua passagem pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) não tinha autonomia para fazer licitação ou termo aditivo. “Isto teria que passar pelo superintendente do órgão, depois pelo Comitê Gestor, ser avaliado na Prefeitura e ainda ser publicado no Diário Oficial. Eu não estava com nenhum aditivo, esta é a maior inverdade que existe”.

Júlio Machado negou ainda que estivesse com material de campanha durante a apreensão no Rio Grande do Sul. “Se estivesse seria crime eleitoral e nós teríamos sido presos em flagrante. Mas, não foi o que aconteceu. Prestamos depoimentos e fomos liberados em seguida”.

O relator da CPI, vereador Ricardo Camargo Vieira, ressaltou que os membros da Comissão utilizam o inquérito policial, cedido pela Polícia Federal, e os depoimentos para chegar a uma conclusão. “Nas oitivas de hoje a gente pode ter mais elementos em relação ao fato e, principalmente, ter mais clareza sobre os próximos depoentes”.

Novos depoimentos estão previstos para a próxima quarta-feira, 11 de março.

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