O Serviço Social do Comércio (Sesc) terá nos próximos 20 anos  a concessão onerosa da Casa de Câmara e Cadeia, na Praça XV de Novembro, em Florianópolis, local que vai abrigar o Museu da História da Cidade. A instituição venceu a licitação com o lance de R$ 9 milhões. A partir da assinatura do contrato, o Sesc deverá implantar o Museu em até dois anos.

Assim como prevê o Termo de Referência, a proposta é transformar a antiga Casa de Câmara e Cadeia num equipamento cultural, interativo, dinâmico aglutinador de tecnologias e mídias contemporâneas. Todos os recursos tecnológicos serão gerados em mídias de última geração, contendo as opções em português, espanhol e inglês. Inspirado em modelos aplicados em destinos turísticos e culturais de referência, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, Museu do Ouro no Peru, Museu das Telecomunicações no Rio de Janeiro.

 A temática central versará sobre a evolução da ocupação territorial de Florianópolis. A história começa com a era do descobrimento, passa pelos antigos habitantes, mostra a função estratégica e as conexões da Ilha de Santa Catarina com o mundo, o assentamento urbano e sistemas produtivos. A água será apresentada como elemento marcante no desenvolvimento da cidade. A história de construção, origem da Casa de Câmara e Cadeia e o próprio idealizador também vão fazer parte do acervo. Transformações sociais, políticas e econômicas, imigrantes, curiosidades dos hábitos ilhéu, assim como costumes e até dicionário regional vão ser demonstrados no Museu.

Reforma deve ser concluída em 2016

A obra de restauração da antiga Casa de Câmara e Cadeia, no centro de Florianópolis, deve estar pronta em março de 2016. As informações são da Secretaria de Comunicação do Executivo Municipal.

De acordo com a diretora da Secretaria de Obras de Florianópolis, Fernanda Driessen, o investimento é de aproximadamente R$ 7 milhões e os serviços deixarão o prédio, de 900 metros quadrados, tão novo como se estivesse sendo inaugurado agora. Desde setembro de 2014, mais de 20 pessoas trabalham no local para transformá-lo em um museu de referência para a região.

Além do restauro da edificação já existente, a obra prevê um anexo de 225 metros quadrados. Lá, haverá um café, um apoio administrativo para o museu, banheiros adaptados e um elevador, tudo para ninguém deixar de visitar o local.