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terça-feira, abril 23, 2024
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Vacina contra coqueluche para gestantes estará disponível no SUS a partir de novembro

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Vacina contra coqueluche para gestantes estará disponível no SUS a partir de novembro

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A partir de novembro, a vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche (dTpa) estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para gestantes. O objetivo da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é diminuir a incidência e as mortes por coqueluche nos recém-nascidos e em crianças menores de seis anos. De 2007 a 2013, foram registrados 862 casos da doença em Santa Catarina, sendo 455 em menores de um ano. Também foram notificadas 11 mortes, 10 em menores de um ano. As informações são da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado.

Podem se vacinar as gestantes entre a 27a e a 36a semana de gestação, até 20 dias antes da data provável do parto. “A vacina é feita a partir do terceiro trimestre de gestação porque há maior concentração de anticorpos que serão transferidos ao feto. A vacina deve ser administrada a cada gestação, pois os anticorpos duram por pouco tempo no organismo”, alerta a gerente. A vacina adsorvida é um complemento à vacina dupla adulto, que se constitui no reforço contra tétano e difteria.

Para tratar do assunto, a Superintendência de Vigilância em Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), realizou na última segunda-feira, 6, uma videoconferência com as Gerências Regionais de Saúde sobre a implantação da vacina tríplice acelular no SUS. Estima-se que 88 mil gestantes serão imunizadas em 2014 no Estado.

Vacinação de profissionais de saúde

Profissionais da saúde que trabalham em maternidades e Unidades de Internação Neonatal (UTI) também devem tomar a vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche (dTpa), pois o contato com adultos é uma das fontes de transmissão mais frequentes em crianças. A vacinação será feita nas unidades básicas de saúde, devendo o profissional levar uma declaração onde trabalha com a lotação em maternidade ou UTI neonatal.

Contraindicações

– Pessoas que tiveram reação alérgica ou sequelas neurológicas após tomarem a vacina dupla adulto ou a vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche.
– Hipersensibilidade ao princípio ativo da vacina ou qualquer outro componente.
– Pessoas com trombocitopenia ou algum problema de coagulação devem fazer uma avaliação médica antes de tomarem a vacina.
Coqueluche
A coqueluche é uma doença infecciosa causada pelas bactérias Bordetella pertussis e B. parapertussis que atinge o sistema respiratório. Os sintomas iniciais são febre, mal-estar e tosse seca, que evoluem para uma tosse persistente. A transmissão ocorre pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa não vacinada, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar, e também através do contato com objetos contaminados.
Vacinas contra coqueluche
– Vacina Pentavalente (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae b (conjugada)): aplicada aos dois, quatro e seis meses de idade.
– Vacina DTP (difteria, tétano e pertussis): aplicada aos 15 meses e aos quatro anos de idade.
– Vacina dupla tipo adulto: a partir dos 7 anos de idade.

Aumento de casos

Nos últimos três anos tem-se observado no Brasil e no mundo um aumento de casos de coqueluche, que pode ocorrer em indivíduos de qualquer faixa etária, sendo que os lactentes menores de seis meses constituem o grupo mais propenso a apresentar formas graves da doença, muitas vezes levando ao óbito.
Estima-se que anualmente ocorram 50 milhões de casos de coqueluche no mundo, com aproximadamente 300 mil mortes, sendo a maioria delas em países em desenvolvimento, ocorrendo em grande parte em lactentes não vacinados ou com esquema incompleto de vacinação.

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