Lideran\u00e7as econ\u00f4micas do mundo discutem a crise global e seus impactos no setor de Viagens & Turismo durante a 9\u00aa Confer\u00eancia Mundial do Turismo, do WTTC, em Florian\u00f3polis.<\/p>\n
O turismo foi uma das ind\u00fastrias mais afetadas pela crise economia global. Essa foi a conclus\u00e3o dos participantes do debate Transformando Economias, realizado na 9\u00aa Confer\u00eancia Mundial do Turismo, do WTTC, em Florian\u00f3polis. Os debatedores comentaram ainda a escassez de investimentos para o setor.<\/p>\n
O professor da Universidade de Oxford John Walker lamentou que a ind\u00fastria de Viagens & Turismo venha sofrendo com uma crise originada em outros setores. O Walker apresentou dados que mostram a queda vertiginosa no fluxo de passageiros.<\/p>\n
“Os dois setores que mais afetados foram a manufatura e viagens e turismo que n\u00e3o s\u00e3o considerados os causadores da crise”, explicou Walker, que acredita em uma perda maior de emprego no turismo do que na atividade manufaturaria.<\/p>\n
Vladimir Yakushev, do grupo de gerenciamento de capital S-Group, da R\u00fassia, v\u00ea uma mudan\u00e7a no setor de turismo quando acontecer a recupera\u00e7\u00e3o. Para Yakushev, a crise criou boas oportunidades de investimentos. Por\u00e9m, \u00e9 preciso analisar e selecionar os bons projetos para se obter resultados de longo prazo.<\/p>\n
No entanto, as linhas de cr\u00e9dito est\u00e3o reduzidas atualmente. O vice-presidente executivo do Grupo Santander, Jos\u00e9 Berenguer, cita o Brasil como exemplo de pa\u00eds onde h\u00e1 mais projetos do que cr\u00e9dito. O pa\u00eds abrigar\u00e1 a Copa de 2014 e tem pretens\u00f5es de sediar os Jogos Ol\u00edmpicos de 2016. Segundo Predag Nenezi\u00e9, ministro de Turismo e Meio Ambiente de Montenegro, o setor deve buscar alternativas para seduzir investidores.<\/p>\n
“A quest\u00e3o \u00e9 como atrair investimentos de longo prazo e como mant\u00ea-los. Os governos devem agir como parceiros e garantir a recupera\u00e7\u00e3o dos mercados”, exp\u00f4s Nenizi\u00e9.<\/p>\n
Os participantes n\u00e3o chegaram a um consenso sobre a dura\u00e7\u00e3o da crise e o come\u00e7o da recupera\u00e7\u00e3o. Jared Carney, diretor do Milken Institute, acredita que no curto prazo a atividade econ\u00f4mica permanecer\u00e1 em um mesmo n\u00edvel, mas h\u00e1 possibilidade de uma recupera\u00e7\u00e3o repentina, a exemplo de outras crises.
\nSem tempo para pensar<\/p>\n
Logo ap\u00f3s o debate sobre a economia, os autores do livro No time to think — em uma tradu\u00e7\u00e3o literal, Sem tempo para pensar — ainda n\u00e3o publicado no Brasil, falaram sobre o potencial da m\u00eddia para a cria\u00e7\u00e3o de medo e a divulga\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es sem verifica\u00e7\u00e3o. A apresenta\u00e7\u00e3o encerrou a primeira noite oficial da Confer\u00eancia.
\nO jornalista investigativo Charles Feldman e o cr\u00edtico de TV Howard Rosemberg, autores do livro, conclu\u00edram que a m\u00eddia influencia na decis\u00e3o do destino tur\u00edstico das viajantes. O problema \u00e9 a “S\u00edndrome da M\u00eddia Malvada”, pela qual os ve\u00edculos tendem a criar vis\u00f5es equivocadas de certos lugares, como o Brasil, idealizado como um pa\u00eds violento.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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