A Comiss\u00e3o Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright (CEV) realizar\u00e1, na pr\u00f3xima segunda-feira, 30, audi\u00eancia p\u00fablica para coletar depoimentos de v\u00edtimas e familiares de v\u00edtimas que sofreram viola\u00e7\u00e3o dos direitos humanos durante a ditadura militar. O encontro ocorre na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florian\u00f3polis, \u00e0s 16h. Esta \u00e9 a \u00faltima audi\u00eancia p\u00fablica da CEV antes da apresenta\u00e7\u00e3o do relat\u00f3rio estadual \u00e0 Comiss\u00e3o Nacional da Verdade (CNV). As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o da Assessoria de Comunica\u00e7\u00e3o do Governo do Estado. <\/p>\n
Foram convidados a participar da audi\u00eancia pelo menos oito pessoas, entre elas o ex-banqueiro Erico Szpogamicz, preso em 1964; o ex-prefeito de Florian\u00f3polis, S\u00e9rgio Grando; o jornalista Nelson Rolim, enquadrado na Lei de Seguran\u00e7a Nacional; e o ex-prefeito de Gravatal, Jo\u00e3o Manoel Fernandez, conhecido como Jo\u00e3o Rouco, militante de esquerda que lutou contra a ditadura e participou de a\u00e7\u00f5es armadas. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, tamb\u00e9m acompanhar\u00e1 a audi\u00eancia p\u00fablica.<\/p>\n
A comiss\u00e3o catarinense foi criada em 2013 para auxiliar a Comiss\u00e3o Nacional da Verdade (CNV). Desde o in\u00edcio foram realizadas audi\u00eancias p\u00fablicas, oitivas e reuni\u00f5es para auxiliar no trabalho de investiga\u00e7\u00e3o de den\u00fancias de viola\u00e7\u00f5es de direitos humanos em Santa Catarina durante o regime militar. Todo o trabalho ser\u00e1 apresentado em relat\u00f3rio que a comiss\u00e3o catarinense deve enviar \u00e0 comiss\u00e3o nacional nas pr\u00f3ximas semanas.<\/p>\n
Segundo o coordenador da CEV, Anselmo Machado, o relat\u00f3rio est\u00e1 dividido entre os membros e conta com itens importantes como a cataloga\u00e7\u00e3o e apresenta\u00e7\u00e3o de nomes, mapeamento de locais de tortura e pris\u00e3o, apresenta\u00e7\u00e3o dos trabalhos feitos e base legislativa. “\u00c9 um trabalho demorado, pois s\u00e3o mais de 630 pessoas e cada uma com um caso diferente”, afirma Machado. Todo o acervo documental e de multim\u00eddia resultante da conclus\u00e3o dos trabalhos ser\u00e1 encaminhado ao Arquivo P\u00fablico do Estado e ao Arquivo Nacional para integrar o Projeto Mem\u00f3rias Reveladas.
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