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Florianópolis, 4 outubro 2024

Excelentes idéias sobre o desfrute do mar na Ilha

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Do blog de Moacir Pereira (03/03/2011)

Do leitor e internauta Alexandre Nasser, com pertintes considerações e ótimas sugestões sobre a ausência de equipamentos náuticos na Ilha de Santa Catarina, ao avaliar comentário da coluna do DC e deste blog: Prezado Jornalista Moacir Pereira – O motivo de estar lhe enviando este e-mail, é, como teu leitor diário, tecer meus melhores elogios ao artigo “Desfrutando do litoral de SC”, publicado no seu blog. Também gostaria de te repassar minha indignação com outra situação que impede o acesso da população ao mar.

Muito se fala sobre o fato de Florianópolis ter dado as costa para o mar e, critica-se, principalmente, a falta de portos, marinas, piers e atracadouros. Mas gostaria de apresentar outro problema que, a meu ver, é um dos principais obstáculos para aqueles que, como eu, amam as atividades náuticas: a falta de rampas para descida e subida de embarcações. E não falo de grandes embarcações, mas de um simples barco inflável, de um bote a remo, de um Jetski ou de um pequeno veleiro, como um Windsurf, um Lazer ou Optmist.

Apesar de termos duas grandes Baías, como a Sul e a Norte, o sujeito que não for sócio do Veleiros Iate Clube ou pedir um favor à guarnição do Corpo de Bombeiros (debaixo da Ponte Hercílio Luz), ou mesmo aos clubes de remo, não terá como baixar sua pequena embarcação, seja uma lancha, bote, veleiro ou prancha a vela. Muitas vezes o cidadão guarda sua embarcação na garagem de casa e para ter acesso ao mar tem de ir até Canasvieiras, até a Lagoa da Conceição ou outra praia que possua rampa. Em alguns casos a situação é ridícula, como no Bom Abrigo, onde foi construída uma rampa, mas fincado um obstáculo na sua entrada, para não permitir a entrada do veículo com o reboque.

Quando do anúncio do alargamento do passeio da Beira Mar Norte, foi com uma certa surpresa, satisfação e desconfiança, que vi o Prefeito da Capital, em entrevista televisiva, anunciar que além da revitalização do passeio, também seria reconstruído o trapiche, ora interditado, e construídas rampas de acesso ao mar. Agora, praticamente finalizada a obra, não se visualiza qualquer indício da construção dessas rampas, já que a colocação das pedras de contenção da maré foi feita em todo o trajeto, não deixando qualquer acesso ao mar.

Te pergunto, não seria bonito passear um fim de semana pela Beira Mar Norte, Sul ou Coqueiros e ver pessoas utilizando todo esse potencial náutico que possuímos, praticando esportes de vela, esqui-aquático, wakebord, jetski, ou mesmo em lazer com a família, colorindo as Baías e as praias, como nos bons tempos de Coqueiros?

Eu imagino que sim, mas infelizmente não é a mesma visão de nossos governantes. E o que mais frusta, é que estas pequenas obras possuem um custo tão pequeno se comparado com os benefícios que poderão trazer a nossa sociedade, e são obras fáceis de se obterem licenças ambientais e de construção.

Fico pensando quantas gerações de atletas da vela e de outros esportes nauticos perdemos a cada ano por falta desses instrumentos de acesso e incentivo à utilização do mar.

Grato por sua atenção! Seu leitor, Alessander Nasser.”