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Camerata Florianópolis se apresenta no Teatro Pedro Ivo dia 13/08

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Camerata Florianópolis se apresenta no Teatro Pedro Ivo dia 13/08

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Camerata Florianópolis Interpreta Beethoven e Heller

Regencia Jeferson Della Rocca

A Camerata Florianópolis, sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca e solos do pianista Alberto Andrés Heller, e dos italianos Francesco Malatesta (violino) Mario Finotti (violincelo) e Paolo Finotti (viola), realiza mais um concerto da 16ª Temporada de Concertos da orquestra, interpretando dois concertos para um Trio Solista, o Concerto Triplo de Ludwig van Beethoven e o Concerto Triplo “Aurora Consurgens” de Alberto Andrés Heller, este último composto especialmente para esta ocasião por encomenda do empresário e mecenas das artes, o italiano Piero Giacomini. O evento foi viabilizado através do patrocínio da Baesa e SC Gás, através da Lei Rouanet .

A apresentação tem como destaque a estréia mundial da composição de Alberto Heller, finalizada no início deste mês, composta para orquestra sinfônica e trio solista (violino, viola e piano), já apontada pelos artistas participantes, depois dos primeiros ensaios realizados nesta semana, como a grande composição de Heller para esta formação intrumental.

O Concerto Triplo para Piano, Violino e Violoncelo em Dó Maior, op. 56 de Beethoven (1770 – 1827), composto entre 1803 e 1804 integra o grupo de concertos do chamado período médio do compositor, que conta com características sensivelmente diferentes daquelas percebidas em sua primeira fase composicional.

Tradicionalmente a forma concerto é definida como obra de caráter instrumental para um solista e orquestra; pode-se imaginar, portanto, o assombro quando Beethoven escreveu um concerto não para um, mas para três solistas, o que valeu à obra o apelido de “Concerto triplo”. Trata-se de um experimento musical que marca o encontro de duas tradições: a música de câmara (no caso, o trio) e a música sinfônica. O Concerto Triplo de Beethoven foi executado pela primeira vez em Viena no ano de 1804, juntamente com sua terceira Sinfonia Op.55.

Com três movimentos, Allegro, Largo e Rondo alla Polacca, esta obra permite ao trio de solistas uma demonstração não exagerada de virtuosismo. No primeiro movimento, o mais longo e talvez o mais envolvente, está presente a melodia mais conhecida do concerto, que começa calmamente, com um crescendo gradual na exposição, tendo o tema principal posteriormente introduzido pelos solistas.

O movimento lento funciona como uma grande introdução para o finale, que segue sem pausa. Nele, violino e violoncelo compartilham do material temático, enquanto o piano oferece um acompanhamento discreto.

Dramáticas notas repetidas levam ao terceiro movimento, que é uma polonaise (também chamado de polacca), um emblema da moda aristocrática durante a época napoleônica, conceito em consonância portanto, com o caráter de “entretenimento polido” que caracteriza este concerto como um todo. O ritmo bolero, também uma das características da polonaise, pode ser ouvida neste movimento final.

Alberto Heller (1971), escreveu seu concerto para piano, violino, viola e orquestra “Aurora consurgens” – inspirando-se num antigo tratado alquímico (por muito tempo atribuído a Tomás de Aquino) cujo manuscrito remonta ao século XV, intitulado Aurora consurgens (aurora nascente). Nesse texto fala-se de sabedoria e de espiritualidade através dos processos alquímicos, da busca pela pedra filosofal e pela transmutação do chumbo em ouro, trazendo-nos metaforicamente a transformação do espírito: ao operar com os metais, o alquimista transforma não a eles, mas a si mesmo. Assim, os quatro movimentos do concerto são nomeados de acordo com as quatro fases alquímicas principais: nigredo, albedo, citrinitas e rubedo. No nigredo (ou operação “negra”) a matéria é dissolvida (putrefação, morte) e associada ao calor e ao fogo. No albedo (ou operação “branca”) a substância é purificada. Em citrinitas (ou operação “amarela”) opera-se a transmutação do metal (o despertar) – da prata ao ouro (ou: da luz da lua à luz solar). E finalmente o rubedo (ou operação “vermelha”), quando a obra culmina nas bodas alquímicas (união e transcendência dos opostos). O título ‘Aurora’ alude ao início de uma nova era, de um novo tempo – como consta no Rigveda (texto hindu de aproximadamente 1500 A.C.), “são muitas as auroras que ainda não vieram iluminar”.

13 de Agosto – 21h – Teatro Governador Pedro Ivo

Ingressos a R$ 20,00 e 10,00 reais à venda na bilheteria dos

Teatros ou na sede da Camerata Florianópolis

Programa

Concerto para Piano, Violino e Violoncelo em Dó Maior, op. 56

Ludwig van Beethoven

Alberto Andrés Heller – piano; Francesco Malatesta – violino; Mario Finotti – violoncelo

“Aurora consurgens”

Concerto para Piano, Violino, Viola e Orquestra

Alberto Andrés Heller

Alberto Andrés Heller – piano; Francesco Malatesta – violino; Paolo Finotti – viola

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