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quinta-feira, maio 9, 2024
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Documentário sobre restrição do surfe durante a pesca da tainha será lançado semana que vem

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Documentário sobre restrição do surfe durante a pesca da tainha será lançado semana que vem

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A proibição do surfe na maioria das praias de Florianópolis entre maio e julho é o assunto do documentário "A tainha e a onda", de Carlos Portella, que estreia dia 17, às 20h, na sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.

A restrição foi estabelecida pela lei municipal 4601, em 1995, que determina: "Fica proibida a prática de surf em todos os balneários da Ilha de Santa Catarina, exceto na Praia Mole e Joaquina, de 1° de maio a 15 de julho, período de pesca da Tainha". O conflito entre surfistas e pescadores já chegou a extremos, com agressões mútuas e tiros.

Com 52 minutos de duração, o documentário está focado na questão do confronto, mas vai além, falando da própria colonização de Florianópolis, da tradição da pesca da tainha e do início da prática do surfe, na década de 1970, principalmente com a chegada de cariocas e gaúchos em busca de boas ondas.

O impasse se intensificou nos anos 1980, com o aumento significativo da prática do esporte. O filme ouve pescadores, surfistas, presidentes de entidades ligadas ao setor, fabricantes de prancha, oceanógrafo, delegado de polícia e antropólogo, estabelecendo um debate sobre o tema.

Alguns dos entrevistados são Thiago Carriço, promotor de justiça envolvido na proposta de lei pela liberação do surfe; Paulo Schwingel, biólogo da Universidade do Vale do Itajaí; Roberto Lima e Fernando Moniz, representantes da primeira geração de surfistas do estado, que enfrentaram o início do choque entre as duas culturas; Getúlio Manoel Inácio, patrão de rede de pesca e líder comunitário na Praia do Campeche, entre outros.

Carlos Portella, que também é surfista, decidiu investigar o tema depois de uma temporada na Austrália, quando percebeu que lá, durante a pesca da tainha, pescadores e surfistas convivem pacificamente. Em Florianópolis, os surfistas reclamam que a lei é inconstitucional e ameaçam entrar com uma ação. Mas, paralelamente, tentam negociar. Querem que além das praias Mole e Joaquina, seja permitido o surf também em outros balneários durante a temporada da pesca da tainha.

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