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sexta-feira, abril 26, 2024
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Epagri e Fapesc apresentam plataforma mecanizada para aumentar eficiência no cultivo de mexilhões

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Epagri e Fapesc apresentam plataforma mecanizada para aumentar eficiência no cultivo de mexilhões

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Para contribuir com a melhoria das condições de trabalho dos maricultores, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc), desenvolveu uma plataforma mecanizada para o cultivo de mexilhões em fazendas marinhas do Estado. O protótipo da plataforma, embarcação dotada de vários equipamentos, foi colocada no mar, em Florianópolis, na última terça-feira, 27.

Conforme o pesquisador do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri, André Luis Tortato Novaes, a finalidade da plataforma é facilitar a realização das operações do processo de produção de mexilhões, principalmente na etapa da colheita dos moluscos. A colheita concentra o maior número de operações produtivas, demandando maior volume de trabalho e esforços físicos dos trabalhadores.

“Desde que a atividade de maricultura foi iniciada comercialmente no Estado, em meados de 1988, até os dias atuais, houve um grande progresso nas fazendas marinhas em termos de volume de produção, mas o processo de produção adotado no Estado ainda é rudimentar. As pessoas utilizam um processo de produção ineficiente que gera desperdícios de recursos e os trabalhadores são expostos a posturas laborais, esforços físicos que são causadores de doenças ocupacionais”, explicou.

Novaes informou que para o desenvolvimento da plataforma, a Epagri, em duas ocasiões, testou equipamentos importados da França e Nova Zelândia. Os resultados apontaram que esses produtos contribuem para a melhoria no processo de produção de mexilhões, entretanto, alguns fatores impedem sua aquisição pelos produtores catarinenses, como o alto custo, considerando o valor dos produtos e das despesas de importação, além da necessidade de adequação (adaptação) desses equipamentos às características locais de cultivo.

Na próxima semana começarão os ensaios em campo, em fazendas marinhas comerciais. “Buscaremos avaliar os desempenhos operacional e ergonômico da solução desenvolvida e com base nos resultados, vamos realizar eventos de divulgação das tecnologias aos maricultores catarinenses, por meio de dias demonstrações de funcionamento em condições reais e exibição de vídeos”, disse.

Maricultura em SC

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos bivalves (mexilhões, ostras e vieiras), tendo produzido 20.438 toneladas na safra 2015. O cultivo de mexilhões ou mitilicultura contribui com 85% da produção catarinense de moluscos bivalves (17.370,1 ton), enquanto o cultivo de ostras ou ostreicultura, 14,8% (3.030,3 ton) e o cultivo de vieiras, ou pectinicultura, 0,2% (37,2 ton).

Na última safra, 495 empreendimentos se dedicaram à mitilicultura (produção de mexilhões), o que representa 87% do contingente de fazendas marinhas em atividade do Estado. A maior facilidade de comercialização da produção e a menor exigência de manejo nos cultivos são dois fatores que influenciam a maior adesão dos produtores ao cultivo dessa espécie.

As informações são da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado.

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