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quinta-feira, abril 25, 2024
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Exposição comemora Dia da Rendeira

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Exposição comemora Dia da Rendeira

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Até 31 de outubro o Espaço Cultural Martinho de Haro, na Câmara de Vereadores da Capital, abriga uma exposição pública de peças produzidas por rendeiras de diversas comunidades de Florianópolis. Promovida pela Prefeitura da Capital, por meio da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), Casa dos Açores e Câmara de Vereadores, a mostra integra as comemorações do Dia da Rendeira, instituído por lei municipal sancionada pelo prefeito em exercício, João Batista Nunes, nesta quarta-feira (21/10), e que passa a ser comemorado anualmente no dia 21 de outubro.

“A gente só vai melhorar o futuro se tiver competência e sensibilidade para valorizar o nosso presente e, principalmente, preservar o nosso passado”, disse João Batista Nunes na solenidade em que presenteou a rendeira Natalícia Catarina Machado, de Santo Antônio de Lisboa, com uma placa comemorativa. Outras 25 rendeiras de diferentes comunidades de Florianópolis também foram homenageadas na data que entra para o calendário oficial da cidade. Aos 88 anos e ainda em atividade, dona Natalícia participou do evento acompanhada pela filha Bertolina Machado Ferreira, de 65 anos, que aprendeu o ofício ainda criança, seguindo a tradição da cultura açoriana.

A criação do Dia Municipal da Rendeira foi proposta pelo vereador Edinon Manoel da Rosa (PSB), o Dinho, com o objetivo de promover o artesanato da renda de bilros e valorizar a mulher rendeira, um dos ícones da cultura popular no litoral catarinense. A data também recorda 21 de outubro de 1747, quando os primeiros imigrantes (473 pessoas) partiram do porto de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, nos Açores, rumo a Santa Catarina, aportando na Ilha em 6 de janeiro de 1748.

Arte para preservar

A renda de bilro veio para o Brasil com os imigrantes portugueses, oriundos especialmente do arquipélago dos Açores. Enquanto os homens passavam longos períodos na atividade da pesca, as mulheres ocupavam o tempo livre tecendo fios em almofadas de bilro. Vendiam as peças produzidas no mercado da cidade ou trocavam por produtos de necessidade básica para reforçar o orçamento familiar, numa tradição passada de geração a geração, e que originou o ditado popular que diz que “onde há rede, há renda”.

Entre as rendas mais conhecidas produzidas no município estão a “Maria Morena” e a “Tramóia”, ou renda de sete pares, que é típica de Santa Catarina e comum entre as artesãs do Ribeirão da Ilha e da Lagoa da Conceição. Para preservar essa atividade da cultura local e promover a troca de conhecimento entre as rendeiras, a Fundação Franklin Cascaes mantém um núcleo de oficinas de renda no Centro Cultural Bento Silvério, o Casarão da Lagoa, na Lagoa da Conceição.

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