Estudo do Dieese aponta que em setembro o valor subiu 3,57% em relação a agosto.

Florianópolis é a capital brasileira que teve a maior alta nos preços de itens básicos da alimentação em setembro, segundo o estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). O resultado da pesquisa aponta que em setembro o valor da cesta subiu 3,57% em relação a agosto.

A cestá básica da capital catarinense é a quarta mais cara do pais, entre as cidades pesquisadas, custando R$ 224,26. O valor é menor apenas que os estimados para Porto Alegre (R$ 245,86), São Paulo (R$ 229-89) e Vitória (R$ 226,02), e ultrapassa até mesmo cidades com alto custo de vida, como Brasília (R$ 218,23).

Tomate

Mais uma vez, o tomate foi um dos responsáveis pelo aumento, seguido da batata e do açúcar. Juntos, os itens representam 61,79% da cesta. A carne, que tem o maior peso no custo dos produtos básicos da alimentação, subiu 0,43%.

O presidente da rede de supermercados Giassi, Zefiro Giassi, explica que o tomate tem grande variação por conta do clima e da safra. O mau tempo nos últimos dias, por exemplo, fez com que o produto tivesse que vir de outras localidades, como São Paulo, e isso favoreceu o encarecimento.

Já o preço do açúcar foi influenciado pela falta do produto no mercado internacional.

Óleo de soja

Giassi também alertou para uma nova alta nos próximos meses: a do óleo de soja.

— A soja está em falta lá fora por vários motivos, entre eles o uso do insumo para fabricação de biodiesel. A alta deve chegar a 15% até o fim do ano.

Baixa

Em compensação, o leite, o feijão preto, a manteiga, o café e o arroz apresentaram baixa. Das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, 10 apresentaram, em setembro, alta em seus valores e sete tiveram queda.

Além de Florianópolis, Porto Alegre (3,01%) e Rio de Janeiro (2,76%) tiveram aumentos representativos. As quedas mais expressivas nos preços da cesta básica foram apuradas em Goiânia (-7,82%), Natal (- 6,22%) e Recife (- 4,23%).