Um funcionário da Canasvieiras Transporte Coletivo, que teve ônibus incendiados nas noites de segunda e terça-feira, 13, em Florianópolis, afirmou à rádio CBN/Diário nesta quarta-feira, 14, que pelo menos 20 funcionários já pediram demissão. A empresa nega a informação e afirma que poderá reduzir número de veículos à noite se não houver escola policial e que prejuízos já chegam a R$ 600 mil.

O funcionário entrevistado pela reportagem preferiu manter o anonimato e disse que só estava trabalhando pela manhã porque precisava cobrir o turno de um motorista que pedira demissão. Segundo ele, os trabalhadores estão com medo e desorientados. “Queremos uma atitude que venha a dar segurança aos trabalhadores. Os passageiros nos questionam a todo momento como fazer em caso de emergência e de atentados, mas a gente não sabe.”

O funcionário disse ainda que o futuro de todos que trabalham nas ruas é incerto. “Além do estresse diário do trânsito, agora isso de atentados. Não sei se as pessoas vão aguentar. Muita gente já está procurando outro emprego, o que fica facilitado com a aproximação do verão: garçom em bar e restaurante, na praia etc.”

Empresa

De acordo com a direção da Canasvieiras TC, também consultada pela reportagem da rádio CBN/Diário, a empresa não recebeu nenhum pedido de demissão. Os funcionários que estavam nos ônibus atacados e incendiados estão afastados, em casa. No ataque desta terça-feira, o motorista levou uma coronhada, mas passa bem.

Segundo a direção da empresa, os prejuízos já chegam a R$ 600 mil. Reuniões com o poder público serão realizadas nesta quarta-feira para discutir medidas de segurança, como escolta policial, já solicitada pela Canasvieiras na terça-feira, mas não atendida. Caso não se chegue a um consenso sobre a segurança, a empresa deverá reduzir o número de veículos circulando na cidade à noite.

Foto: ônibus 1407, destruído na noite de terça-feira, 13 / www.facebook.com/ctl.canasvieirastc