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Masc prorroga exposições de seis artistas até o fim de fevereiro

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Masc prorroga exposições de seis artistas até o fim de fevereiro

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Foram prorrogadas até 26 de fevereiro as exposições de seis artistas que estão com suas obras no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A sala Harry Laus recebe a mostra Guerra do Contestado – Arte e História com obras do artista Hassis. Já o espaço expositivo do museu apresenta os trabalhos de cinco artistas plásticas selecionadas para o 4º Ciclo de Exposições do Masc: Desenhos, de Flávia Duzzo; The Final Cut, de Karina Zen; Linha 3, de Sonia Beltrame; Tempo, de Neide Pelaez de Campos; e Híbrido, de Roberta Tassinari. Todas as mostras ficam abertas à visitação gratuita, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.

Guerra do Contestado – Arte e História – Hassis

Em uma parceria entre a Fundação Hassis, Masc, FCC, Museu do Contestado e Museu Histórico do Rio de Janeiro, a exposição apresenta uma das séries mais importantes do artista Hassis, que em 2016 completaria 90 anos de idade. A exposição, que esteve no Museu Histórico do Rio de Janeiro durante as Olimpíadas no Brasil, narra, por meio de 78 desenhos, a visão do artista sobre a Guerra do Contestado, que devastou parte de Santa Catarina e do Estado do Paraná.

O destaque fica por conta do painel O Contestado – Terra Contestada, finalizado em 1985, dividido em sete módulos com um total de 12,6 metros de largura por 2,75 metros de altura de pintura em acrílico. Conta em fases a história da guerra, os conflitos, a fé religiosa, os mercenários, as grandes empresas, o trem de ferro, que é o mais importante registro pictórico sobre o episódio que devastou o vale e matou cerca de 20 mil pessoas. Em 2016, completam-se 100 anos do fim da guerra.

Compõe a exposição, ainda, um documentário produzido pela FCC e um vídeo que mostra o artista, sua relação e sua produção em torno do tema. A curadoria da exposição é de Denilson Antonio.

Desenhos – Flavia Duzzo

Flavia Duzzo apresenta 19 desenhos produzidos entre 2013 e 2016. Os primeiros, feitos com lápis grafite de diferentes espessuras, configuram-se pela inscrição de pequenos signos de maneira justaposta sobre papel, criando uma massa pictórica com diferentes tons de cinza. Na série mais recente, Desenhos Vulneráveis, alguns trabalhos são feitos com caneta esferográfica preta e outros com bastão de grafite. O direcionamento dos traços inscritos sucessivamente altera a forma como a tinta e o grafite se acumulam no papel. Com isso, as tonalidades visualizadas variam de acordo com a incidência da luz sobre o desenho.

The Final Cut – Karina Zen

A apropriação de objetos do cotidiano produzidos em massa, tais como vassouras, ventiladores, roupas, pneus de caminhão estourados, anzóis e facas, é o ponto de partida de Karina Zen para abordar o comportamento humano dentro do sistema de consumo capitalista. A exposição conta com oito obras entre fotografias, instalações e um audiovisual. A curadoria da mostra é de Josué Mattos.

Linha 3 – Sonia Beltrame

Tecidos de linho branco com bordados em linha preta dão o tom monocromático da exposição com cerca de 13 trabalhos que Sonia Beltrame leva ao Masc. Os tecidos se mantêm amassados como forma de contar a história do material até chegar ao local da exposição. O desenho de sobrepõe à pesquisa que faz um resgate do bordado, uma memória de infância da artista.

Em outra parte da exposição, o cuidado e a recuperação são temas que Sonia aborda com a instalação de cerca de 10 metros, feita de ataduras cirúrgicas entrecortadas por linhas que lembram as utilizadas pelos médicos para fechar cortes. A curadoria da mostra é de Josué Mattos.

Tempo – Neide Pelaez de Campos

A artista usa a aquarela de uma forma diferenciada: suas pinceladas são finas, algo incomum à técnica, com predominância do fundo branco. Em Tempo, Neide Pelaez de Campos apresenta 14 aquarelas sobre tela tomando como referência os elementos da natureza, tudo em cores e traços delicados.

Híbrido – Roberta Tassinari

A pesquisa de Roberta Tassinari se caracteriza pela investigação de materiais que possuem uma potência plástica e podem ser utilizados na elaboração de trabalhos que apresentam, entre outros aspectos, um raciocínio de pintura. Nesta exposição, com 45 obras, usa principalmente tinta acrílica, tinta polivinílica, borracha de silicone, parafina e encáustica (uma mistura de cera de abelha com pigmento) sobre cimento e sobre gesso.

O ponto de partida dessa pesquisa da exposição foi a residência que a artista fez no começo do ano na FAAP, em São Paulo. A proposta era desenvolver trabalhos a partir dos materiais que encontrasse no comércio local. Usando formas de plástico compradas em lojas populares, a artista produziu peças em cimento e gesso que receberam ora uma camada de tinta ora cera de abelha derretida e misturada com parafina, pigmento ou com tinta óleo.

Serviço:

O quê: Exposição Guerra do Contestado – Arte e História – Hassis

Onde: Sala Harry Laus – Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)

O quê: Exposições do 4º Ciclo do Edital do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)

Onde: Espaço expositivo do Museu de Arte de Santa Catarina

Visitação: até 26 de fevereiro. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.

Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica – Florianópolis (SC)

Entrada gratuita

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