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segunda-feira, março 18, 2024

Parceria é prioridade entre as inciativas pública e privada para melhorar a Segurança Pública

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Parceria é prioridade entre as inciativas pública e privada para melhorar a Segurança Pública

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Facisc e PMSC assinam Carta por uma “SC Mais Segura”

A palavra parceria foi unanimidade no I Encontro Estadual de Segurança “SC mais Segura”, realizado nesta terça-feira,11/9, em Florianópolis. Uma iniciativa da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e da Polícia Militar de Santa Catarina, o evento reuniu cerca de 300 pessoas para discutir os rumos da segurança pública no estado e no Brasil. No evento as entidades assinaram a primeira carta por uma SC Mais Segura. O documento contém uma série de compromissos das instituições para trabalharem juntas.

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, falou que é primordial unir esforços para melhorar a segurança. “Discutir o tema, buscar soluções em conjunto e principalmente trabalharmos todos em prol do mesmo objetivo, fará que consigamos combater a criminalidade, aprimorar a segurança digital, de informação, atualizar a legislação processual, para garantir um ambiente mais harmonioso e confiável para nossos negócios e oportunizar o crescimento da competitividade catarinense”.

O governador Carlos Moisés participou da abertura do evento. Ele ressaltou que a Facisc sempre foi uma grande fonte de referência para pautar o Governo. “Os dados que compõem a Cartilha Voz Única foram e são de extrema importância para conhecer as verdadeiras necessidades do Estado, e mais uma vez a entidade colabora promovendo este debate sobre a segurança, que é um tema tão importante”.

O Comandante da Polícia Militar de SC e Secretário de Estado da Segurança Pública, Coronel Araújo Gomes, falou sobre a importância de andar lado-a-lado com as entidades do setor privado. “Estima que o Brasil perde 6% do PIB por ano com custos de homicídios, sistema prisional, segurança pública, sistema de segurança privada, saúde e seguros. Sabemos que com ações conjuntas podemos planejar, agir e promover mudanças significativas”. Outro ponto destacado pelo Comandante foi a forma como a segurança pública passou a ser gerida. “Estamos trabalhando com Governança na Segurança Pública. Formamos um colegiado com os gestores máximos de cada órgão”, explicou. Entre os objetivos da PMSC estão controlar a criminalidade, reduzir o medo da vitimização e aumentar a confiança na polícia.  

O evento reuniu empresários, gestores públicos e lideranças sociais para debater o tema com nomes de referência nacional e internacional. Entre as palestrantes, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, falou sobre segurança pública como instrumento de desenvolvimento econômico social e da competitividade. Para o Ministro, o maior prejuízo da falta de segurança é o impacto no turismo. “A violência está diretamente relacionada ao não interesse pelo turismo. o Brasil é o país que menos aproveita o potencial turístico. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, mostrou que no Rio de Janeiro, a violência provocou queda de R$ 657 milhos nas receitas do turismo fluminense, o montante equivale a 29% do total da perda”.

Custo da Violência x custo da oportunidade

O custo da violência X custo da oportunidade foi o tema da palestra do Coronel da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário Nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho. Segundo ele, o custo da violência em 10 anos será R$ 3 trilhões e 600 bilhões de reais. “Além dos valores o custo da violência gera perda de produtividade, com dias perdidos de trabalho, problemas físicos e psicológico das vítimas e dias perdidos para tratamento das vítimas”. Além disso, Vicente destacou as consequências da violência na formação de capital humano e no planejamento empresarial. “A segurança faz parte dos itens a serem pensados. Quando não se tem segurança pública, os gastos em segurança privada aumentam e temos perdas no turismo pela violência”.

Cases

O case da cidade de Jaraguá do Sul como uma das cidades mais seguras do Brasil foi apresentado pelo Coronel Amarildo Alves e Tenente Coronel Márcio Leandro Reisdofer. Entre os fatores que fazem de Jaraguá do Sul uma cidade segura estão a cultura, pertencimento, educação, economia e o associativismo. “A estratégia é uma das aliadas da Polícia Militar do 14º Batalhão, como as grandes operações, as parcerias com instituições, ações nos municípios vizinhos, parceria com a comunidade, “, explica Reisdoofer.

Florianópolis também foi exemplo de segurança no evento. A Operação Mãos Dadas no Norte da Ilha e o impacto da Segurança Pública no Mercado Imobiliário foram apresentados pela Capitã PMSC Gabriela Falck Bortolini Pizzolatti Miranda Ramos. A empresária Ana Paula Travisani, da Julio de David Arquitetos falou que depois da Operação Mãos Dadas, um de seus empreendimentos em 17 dias teve 100% de unidades vendidas. A implementação de ações de segurança aliada a ações sociais realizadas nos Ingleses, como a limpeza do espaço, desassoreamento do rio, ações para crianças, sempre junto com a PM, reforma completa do Centro de Convivência, do Centro Comunitário e da Quadra Poliesportiva, com investimentos de mais de 500 mil reais, são alguns dos resultados alcançados.

Exemplo de Israel

Em abril deste ano Brasil e Israel assinaram um acordo para o intercâmbio de informações sobre segurança pública e sobre prevenção e luta contra o crime organizado. O exemplo de Israel foi um dos temas tratados no evento. O ex-oficial da Marinha de Israel, Ronen Avraham vai falar sobre o panorama da Segurança Pública de Israel e aplicação das soluções no Brasil e SC. Um exemplo foi a implantação do sistema inteligente de iluminação. “Este tipo de iluminação está relacionada a toda a questão de segurança de acordo com movimento e luminosidade. Onde foi implantado em Israel diminuiu a criminalidade de 10 a 15%”.

 

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