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Prejuízos com a Beira-Mar Continental

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Prejuízos com a Beira-Mar Continental

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Moradores reclamam de rachaduras e do nível da rodovia

Nem a possível futura valorização dos terrenos tem compensado a insatisfação dos moradores do Bairro Estreito, em Florianópolis, com a construção da Beira-Mar Continental.

Proprietários de imóveis que possuem os terrenos no limite com a obra reclamam da altura que ficou a via e das rachaduras que teriam sido provocadas pelo aterro e construção.

O casal Hézio e Maria Oneide Linhares providenciou escoras no muro para evitar que ele desabe para o lado da casa. As rachaduras são de dois a cinco centímetros no piso da varanda e o muro está bastante comprometido.

A casa foi construída de frente para o mar. Agora, a vista do piso inferior é de muita areia e máquinas. Maria Oneide reclama que a Beira-Mar Continental ficou em um nível muito mais alto do que a casa, e que, agora, enfrenta problemas com poeira dentro de casa.

– Ficamos surpresos com isso, porque disseram que iriam resolver.

Segundo o proprietário de uma autopeças, Flávio Silveira, ele entrou na Justiça com uma ação de reparo de danos. As rachaduras já prejudicaram a instalação da água, e escoras seguram o piso superior. O local não está mais sendo utilizado para o trabalho.

– Já tive muito prejuízo. Não atendo mais neste espaço pelo perigo da queda da parte de cima.

Conforme o secretário de obras da Capital, Carlos Schwab, a responsabilidade pelos reparos é da prefeitura, e, ao longo da obra, a prefeitura vem fazendo levantamentos nas edificações próximas. Porém, um diagnóstico só será finalizado quando o aterro for totalmente nivelado e mais nenhuma máquina estiver trabalhando.

– A previsão do fim da obra é junho de 2009, e, até o fim do próximo ano, os possíveis reparos devem ser feitos nas edificações.

Quem se sentir lesado deve procurar o Pró-cidadão

O engenheiro fiscal da obra, Maurício Largura, disse que quem se sentir lesado deve solicitar reparos no Pró-cidadão. A escritura e a planta devem ser anexadas à solicitação. Ele afirmou que somente construções que estão regularizadas pela prefeitura e que têm prejuízos em decorrência da obra da Beira-Mar Continental é que poderão receber esses reparos.

Quanto à altura da avenida, o secretário confirmou que a Beira-Mar Continental deve ficar um metro acima do nível das casas, para que, quando a maré estiver alta, a água não seja jogada para cima da pista.

A empresa contratada para executar a obra, Sulcatarinense, não se pronunciou sobre o assunto.

(Lilian Simioni, DC, 04/11/2008)

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