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terça-feira, abril 23, 2024
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Testemunhas do vereador Badeko prestam depoimento à Comissão de Ética da Câmara

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Testemunhas do vereador Badeko prestam depoimento à Comissão de Ética da Câmara

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O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Florianópolis ouviu nesta terça-feira, 23, duas testemunhas de defesa arroladas pelo vereador Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko, investigado por quebra de decoro parlamentar conforme denúncia apresentada pelo vereador Afrânio Boppré (PSOL) depois da Operação Ave de Rapina, deflagrada pela Polícia Federal.

O primeiro depoimento foi de Edenaldo Lisboa da Cunha, o Feijão, presidente do Clube Avante, que desenvolve atividades recreativas, culturais e esportivas, principalmente no Distrito de Santo Antônio de Lisboa.

Segundo a investigação da Polícia Federal, Feijão teria recebido a doação de cerca R$ 20 mil da Fundação Franklin Cascaes. O ex-presidente da entidade, João Augusto Freyesleben Valle Pereira, em depoimento ao Conselho de Ética no dia 2, afirmou que o recurso foi encaminhado direto da Faculdade Cesusc, financiadora do projeto, para o “Avante Cultura e Teatro”, que oferecia aulas de teatro e oficinas para a comunidade.

Feijão ressaltou que o projeto foi aprovado pelo Conselho Municipal de Cultura e durou de maio de 2014 a abril de 2015, com financiamento do Cesusc no valor de R$ 22 mil. “Este projeto foi alvo da denúncia, totalmente equivocada, dizendo que este valor foi um prêmio que recebi da Fundação Franklin Cascaes a pedido do Badeko.”

Relação com Badeko

Sobre a relação com Badeko, o depoente explicou que teve dois contatos com ele. O primeiro foi uma conversa telefônica em que pediu ajuda do parlamentar para marcar uma reunião com o Prefeito com o objetivo de solicitar o repasse de verbas prometido para o bloco do Avante. “Até agosto de 2014 a promessa de receber o recurso não tinha sido cumprida. No Prefeitura no Bairro, o prefeito disse que nos ajudaria com R$ 100 mil para apoio”.

Um segundo contato com Badeko foi uma mensagem de texto enviada por Feijão solicitando auxílio para a compra de troféus para os carros de boi de Santo Antônio de Lisboa. “Nos dois pedidos, não fui atendido.”

O depoente contou ainda que conheceu Badeko no futebol, durante a passagem do vereador afastado como dirigente do Juventus de Capoeiras, mas enfatizou que não tinha convívio com o denunciado. “Na área da política em nem votei nele e ele nunca me pediu voto. Se eu soubesse que iria me criar esse problema não teria ligado para ele”.

No fim do depoimento, Feijão lembrou que para conseguir o recurso destinado aos blocos de carnaval, a participação de Júlio Pereira Machado, o Caju, foi fundamental. “Foi ele quem agilizou a reunião na Prefeitura. Ele era o representante do gabinete do Prefeito para a comunidade”.

Segundo depoente

Na sequência, prestou esclarecimentos o presidente da Associação da Feira Livre da Catedral, Luciano de Bona Medeiros, que segundo a Polícia também teria recebido favores de Badeko. De acordo com o depoente, ele pediu a ajuda do vereador para a liberação das autorizações de estacionamentos dos veículos dos artesãos em frente à Catedral.

A Associação tinha uma licença única, mas o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) decidiu conceder autorização individual, o que demorou a ser realizado. Enquanto os documentos não foram entregues, 16 feirantes receberam autuações ao estacionarem os carros sobre o calçadão durante o embarque e desembarque das mercadorias.

“Um dia o Badeko passou em frente a minha barraca e eu pedi se ele poderia interceder. Ele pegou o telefone e ligou para alguém do IPUF. Foi o único contato que tive com o vereador. Nunca liguei para ele”.

Não compareceu

O terceiro depoente previsto para esta terça-feira, Marcos Antônio da Luz, presidente do Grêmio Recreativo e Samba Filhos da Lua, não foi localizado no endereço indicado pela defesa do vereador Badeko.

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