Em 2062, o número de brasileiros vai começar a diminuir. Esse dado, da Revisão 2004 da Projeção de População do IBGE, mostra um processo que é uma tendência mundial: a queda da taxa de fecundidade. Em 1960, a média era de seis filhos por mulher. Hoje são 2,31 e, em 2023, a média deverá ser de 2,01 filhos, o que resultará em apenas uma reposição das gerações. Essa redução se deve a diversos fatores, como a popularização dos métodos anticoncepcionais e entrada da mulher no mercado de trabalho.

Ao mesmo tempo, o número de idosos aumenta a cada ano. Em 2000, os maiores de 65 anos representavam apenas 5% da população. A previsão para 2050 é que essa taxa aumente para 18%. Neste mesmo ano, a expectativa de vida será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje.
Há décadas existe uma tendência de envelhecimento da população mundial. Devido à queda das taxas de fecundidade e de mortalidade registradas nas últimas décadas, estudos mostram que o Brasil segue essa tendência e que é irreversível o envelhecimento da população brasileira.

Essa mudança faz com que novas perspectivas surjam. Políticas públicas em relação à previdência, assistência social, saúde, infraestrutura e acessibilidade são essenciais para que se tenha um ambiente melhor, com facilidades e melhorias para essa parcela da população que se torna cada vez mais significativa.

Uma das maiores preocupações em relação a essa faixa etária é em relação à saúde. Doenças crônicas atingem 75,5% dos idosos, como problemas de coluna, hipertensão, artrite e reumatismo. Pessoas da terceira idade consomem mais recursos do sistema de saúde, pois são internados com mais frequência. Por isso é cada vez mais importante cuidar da saúde desde cedo, para que se tenha um futuro com mais longevidade e qualidade de vida.

O assunto será tratado em uma palestra na sexta-feira, durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da UFSC. ´Viver mais, viver melhor` é o tema que será tratado pelo médico com Renato Maia Guimarães. O evento será realizado nesta sexta (23/10), às 14h30min, no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos. Após a palestra haverá o lançamento do livro ´Atividade física e o idoso: concepção gerontológica`, das professoras Giovana Mazo, Marize Lopes e Tânia Benedetti.

O objetivo da palestra é mostrar alternativas comportamentais para viver mais e com qualidade de vida. O palestrante atua na área do envelhecimento, promoção da saúde, riscos da aposentadoria e aspectos técnicos da Geriatria e Gerontologia. Renato Maia Guimarães é presidente da International Association of Gerontology and Geriatrics, chefe do Centro de Medicina do Idoso – Centro de Referência para Doença de Alzheimer – do Hospital Universitário de Brasília e autor do livro ´Decida Você Como e Quanto Viver`.

Mais informações com o palestrante: letras@renatomaia.com.br / 61 9212-8380
Também com a professora Ângela Alvarez / NETI / 3721-9909 / 8824-0341 / e-mail: alvarez@ccs.ufsc.br

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom