A Policlínica do Sul da Ilha está um sucesso e a Unidade Pronto Atendimento (UPA), que funciona no segundo andar do prédio da unidade de saúde, é só elogios. “Cheguei com meu filho na UPA às 20h. Vinte minutos depois já estava sendo atendida por um pediatra. O doutor disse que Lucas (filho dela de 1 ano e oito meses) estava com alergia. Além do atendimento grátis, ainda ganhei uma pomadinha para passar na pele de Lucas. Se eu tivesse que ir para um hospital, além de ser mais longe, teria que ficar à noite toda na fila. Esta policlínica é uma maravilha”, elogiou a empregada doméstica Verines Zucchi, 28 anos.

Assim como Verines, vários pacientes que procuram o pronto atendimento na Policlínica do Sul da Ilha saem de lá contentes. Desde que foi inaugurada, em setembro do ano passado, a unidade de saúde já atendeu quase seis mil pacientes. De acordo com a direção, cerca de 230 pessoas procuram atendimentos médicos e odontológicos, todas as noites.

De segunda a segunda a segunda, estão de plantão dois clínicos gerais, um pediatra, um dentista e cirurgião geral (para microcirurgias), além de enfermeiros e do serviço ambulatorial. Um dos cirurgiões, que estava de plantão segunda-feira à noite, Ackei Viana, contou que a UPA tem condições de fazer pequenas cirurgias. “Só não abrimos barriga de paciente. Porém, quando o caso é bastante grave, fizemos os primeiros atendimentos e encaminhamos o paciente, em ambulância própria, para hospitais da cidade”.

Ele ressaltou que atende casos de luxações, fraturas e torções. “O maior movimento é nas segundas-feiras, principalmente, quando o paciente é masculino. Depois de uma ‘pelada na praia, o boleiro de final de semana’ reclama de torção”, brincou.

Na área de pediatria, o plantonista Césaro Costa, 53 anos, contou que atende crianças com febre, gastrointerite (infecção causada por vírus) infecção respiratória, alergia e outras doenças de pele.Com 900 metros quadrados de área construída, o prédio da policlínica dispõe de vários equipamentos, entre eles ultra-sonografia, eletrocardiografia e leitos de observação.

A dona de casa Reilima da Silva, 35 anos, que foi levar a filha Caroline, 10 anos, ao dentista, disse que certa madrugada seu marido, Odair José Borges, 39 anos, sentiu uma dor no coração e procurou atendimento na UPA. “Chegamos aqui às 5h30. Colocaram-no numa sala especial, onde ele foi submetido a um eletrocardiograma. Odair ficou em observação até às 18h do dia seguinte, quando, então, melhorou e foi para casa”.

O prefeito de Florianópolis, Dário Berger, está vibrando com o sucesso da Unidade de Pronto Atendimento do Sul da Ilha e afirmou que no próximo mês está inaugurando a UPA do Norte da Ilha. “Temos recebido pedidos de informações de vários prefeitos de outros municípios que pretendem implantar unidades de saúde de pronto atendimento nas cidades deles”, disse.