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quinta-feira, março 28, 2024
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Vai ter cinema brasileiro, debates e oficinas na pracinha da Lagoa da Conceição, tudo gratuito

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Vai ter cinema brasileiro, debates e oficinas na pracinha da Lagoa da Conceição, tudo gratuito

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Para curtir e refletir:  4ª Mostra Brasil de Cinema, de 13 a 16 de julho, tem na programação filmes recém-lançados, com temas urgentes como anti-racismo, ditadura militar e resistência dos povos originários, assim como cena underground da música brasileira

Começa na próxima quarta-feira, dia 13, a 4ª Mostra Brasil de Cinema aberta ao público e gratuita, na praça Bento Silvério, Lagoa da Conceição – Floripa. À tarde, oficinas de cinema com Jeferson De (SP), de circo com Circus Fever (SC) e de hip hop com Fernandinho Beat Box (SP) e Pelezinho(SP) e, à noite, sessão de cinema com exibição de filme nacional recém-lançado, seguida de um debate. O encerramento da Mostra, no sábado, dia 16, será com show de Cores de Aidê.

Os filmes transitam por temas fortes e urgentes como anti-racismo, ditadura militar e resistência dos povos originários, assim como a cena underground da música brasileira. E quem vai falar sobre filmes são pessoas diretamente ligadas às produções e convidados locais. Destaque para  Aldri  Anunciação, co-roteirista do filme “Medida Provisória”; para Matias Lovro, montador e co-roteirista de “Chorão: Marginal Alado”; para Luiz Bolognesi, diretor de “A Última Floresta; para escritora Eliane Potiguara e para liderança indígena local Kerexu Yxapyry. 

“Medida Provisória” abre a agenda de exibições, na quarta (13). O filme com direção de Lázaro Ramos, que estreia nesse papel, e elenco 100% formado por atores e atrizes negras, apresenta uma distopia em que negros são enviados para países da África, sob uma suposta ação de reparação social do governo brasileiro pela escravidão. O longa estreou em abril deste ano e está em exibição no circuito comercial.

Na quinta (14) tem  A “Última Floresta”, com direção de  Luiz Bolognesi,  sobre o drama da grande nação yanomami a partir do  olhar do seu líder e Xamã – produção de extrema relevância no momento atual, pela luta dos povos originários e quando o mundo acompanha notícias sobre a morte de ativistas indígenas na Floresta Amazônica. 

Na sexta (15) é a vez do longa “Chorão – o Marginal Alado” (2021),  com direção de Felipe Novaes, um documentário biográfico sobre o músico brasileiro e sua contribuição para o rock e para a cena underground.

“Marighella” fecha a programação no sábado (16). Com direção de  Wagner Moura,  conta a história dos últimos anos do guerrilheiro, interpretado por Seu Jorge, que liderou um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil.

Encerramento com Cores de Aidê

O encerramento da Mostra, no dia 16 de julho, terá o show de Cores de Aidê, já conhecido em Florianópolis. O grupo agrega mulheres diversas em seus percursos, estéticas, vivências e gerações por meio da percussão, fazendo-as convergir na compreensão da potência artística e política do samba reggae e na construção coletiva da identidade conceitual, das composições autorais do repertório, figurino, coreografia e arranjos de vozes. A banda busca emancipar as mulheres, fortalecendo a autoestima e a compreensão identitária, bem como ressignificar corpos pela música e pela dança afro-brasileira. E reforçar que as mulheres podem e devem estar onde quiserem.

O espetáculo valoriza a diversidade e o protagonismo feminino, com canções autorais e referências em grandes artistas do samba-reggae, como Olodum, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Didá, Muzenza, entre outros. No palco, o grupo conta com um conjunto percussivo composto por instrumentos de fundo, repique, caixa/tarol, surdo marcação, surdo contra-tempo e xequerê que, por meio de levadas rítmicas, sustentam as canções.

Sobre a Mostra 

A Mostra Brasil de Cinema tem como objetivo principal a formação de novos públicos para o cinema nacional. Além disso, quer contribuir para a quebra de invisibilidade imposta à juventude.

A quarta edição da Mostra Brasil de Cinema é financiada com recurso público do 9º Edital de Apoio ao Audiovisual Armando Carreirão 2019/2020, da Prefeitura Municipal de Florianópolis,  Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e Fundo Municipal de Cinema; e do Prêmio Catarinense de Cinema 2021, da Fundação Catarinense de Cultura,  Conselho Estadual de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina e da Lei Aldir Blanc da Secretaria Especial de Cultura,  Ministério do Turismo e Governo do Brasil.

Serviço

Mostra Brasil de Cinema

13 a 16 de julho

Praça Bento Silvério, Lagoa da Conceição, Floripa

*

Inscrições para as oficinas: http://mostrabrasildecinema.com.br

Programação

4ª Mostra Brasil de Cinema-  13 a 16/7

Praça Bento Silvério / Casa das Máquinas / Lona Cultural

13 de julho – quarta-feira

15h às 17h

Oficina de Cinema com Jeferson De(SP)

Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)

Oficina de Hip Hop com Fernandinho Beat Box (SP)

19h às 20h35 

Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem Medida Provisória (2022), direção de Lázaro Ramos / 1h 34 min / Drama

20h35 às 22h

Debate sobre o filme com Aldri Anunciação (BA) e convidados

14 de julho – quinta-feira

15h às 17h

Oficina de Cinema com Jeferson De (SP)

Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)

Oficina de Hip Hop com Fernandinho Beat Box (SP)

19h às 20h35 

Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem A Última Floresta (2021), direção de  Luiz Bolognesi / 74 min/ documentário

20h35 às 22h

Debate sobre o filme com Luiz Bolognesi e Eliane Potiguara e convidados 

15 de julho – sexta-feira

15h às 17h

Oficina de Cinema com Jeferson De (SP)

Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)

Oficina de Hip Hop com Pelezinho (SP)

19h às 20h35 

Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem Marginal Alado, direção de Felipe Novaes/ 1h15 min/ documentário

20h35 às 22h

Debate sobre o filme com montador e co-roteirista do longa Matias Lovro e convidados 

16 de julho – sábado

15h às 17h

Oficina de Cinema com Jeferson De (SP)

Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)

Oficina de Hip Hop com Pelezinho (SP)

19h às 20h35 

Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem Marighella (2021), direção de  Wagner Moura  / 2h35 min/ Drama/Ação 

20h35 às 22h

Debate sobre o filme com o crítico de arte Allende Renck e com cineasta Pedro MC

20h30

Show de encerramento com Cores de Aidê

**

SINOPSES

Quatro filmes nacionais para pensar curtir e refletir

Medida Provisória (2022), direção de Lázaro Ramos

Num futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a ‘voltarem’ à África como forma de reparar os tempos de escravidão. O advogado Antônio (Alfred Enoch), sua companheira, a médica Capitu (Taís Araujo), e seu primo, o jornalista André (Seu Jorge) decidem resistir, uns confinados em suas casas, outros no Afrobunker – movimento que vai lutar pelo direito de permanecerem em seu país.

A Última Floresta (2021), direção de  Luiz Bolognesi 

Em a Última Floresta, documentário da Gullane Distribuidora, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade, que fica localizada em um território Yanomani, isolado na Amazônia. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

Chorão – o Marginal Alado (2021),  direção de Felipe Novaes

A produção explora a vida e a carreira do frontman do Charlie Brown Jr., retratando suas variadas facetas, desde seu amor pelo skate e pela música até seus trabalhos sociais e o vício, que culminou na sua morte precoce, em 2013

Marighella (2021), direção de  Wagner Moura 

1969. Marighella não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Em “Marighella”, filme dirigido por Wagner Moura, o inimigo número 1 do Brasil tenta articular uma frente de resistência enquanto denuncia o horror da tortura e a infâmia da censura instalados por um regime opressor. Em uma experiência radical de combate, ele o faz em nome de um povo cujo apoio à sua causa é incerto — enquanto procura cumprir a promessa de reencontrar o filho, de quem por anos se manteve distante, como forma de protegê-lo.

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