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sexta-feira, abril 26, 2024
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Iniciam na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim as filmagens de Rendas no Ar

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Iniciam na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim as filmagens de Rendas no Ar

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Filmagens de Rendas no Ar na Fortaleza de Sta Cruz de Anhatomirim/foto Clarice Dantas

O longa Rendas no Ar, dirigido por Sandra Alves, realização da Vagaluzes Filmes e produção associada da Usina de Alegria Planetária, iniciou a etapa de rodagem, em 17 de agosto, tendo como locação principal a Ilha de Anhatomirim e a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim. Ao todo, estão envolvidos na produção, mais de 50 profissionais, entre eles quatro estudantes de cinema da UFSC e diversos ex-alunos.

Vencedor do Edital Catarinense de Cinema 2009, teve a viabilização da locação principal possível por meio de parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina e o Projeto Fortalezas/UFSC. As filmagens prosseguem até 21 de setembro, com apoio de logística do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Recanto Xanahi e Vento Sul Turismo. O projeto foi aprovado pela ANCINE e está apto a captar recursos através da Lei do Audiovisual (Artigo 1 A), que prevê a dedução fiscal de 100% do imposto de renda de empresas patrocinadoras.

A obra trata da necessidade de liberdade inerente ao ser humano, em oposição a uma situação de clausura. A personagem principal, cuja personalidade é marcadamente irreverente e indomável, se depara com a opressão causada pelo confinamento a que é submetida por um homem, que passa a ser seu tutor após a morte súbita de seus pais. Herdeira de vultoso patrimônio, ela é interditada e depauperada de seus direitos, em função de sua condição de jovem mulher rica, órfã e supostamente louca, vivendo no final do século XIX na antiga Desterro e recém renomeada Florianópolis.

Sinopse:

Ana vive a sanidade através de sua poesia. Palavras e ações poéticas são laços que a unem à lucidez e ao seu universo interior são. Encontra no arquétipo feminino a expressão da liberdade na figura de Lilith, uma personagem etérea com quem dialoga sobre vida e morte, sobre a realidade que a cerca, sobre liberdade, ilusão, verdade, paradoxos, expansão, revolta e ousadia. Nesta relação nutre sua pulsão de vida e a alegria de viver que não permite que lhe roubem.

O filme verte luz sobre valores e concepções de vida. Com o foco em uma história ocorrida há pouco mais de cem anos, não pretende ser um filme de época. Os elementos que remetem ao final do século XIX residem em especial na conduta dos personagens e o tempo pretérito em si é explicitado nas marcas calcadas nos objetos de cena, figurinos, cenários e especialmente na Ilha de Anhatomirim e na Fortaleza de Santa Cruz, importante patrimônio arquitetônico, histórico e ambiental, carregado de memória porém ressignificado no enredo.

O nome Rendas no Ar remete a uma técnica utilizada para confecção de rendas, na qual se inserem as rendas de bilro produzidas pelas rendeiras nativas do litoral catarinense, cujo ofício tem origem açoriana. As rendas flutuam como metáforas ao mesmo tempo em que se imprimem na proposta estética do filme. O caráter da obra se expressa principalmente pela poética visual, que norteia a direção, a fotografia, a direção de arte e o roteiro.

A trama do filme revela mais do que o conflito estabelecido entre uma jovem mulher altiva e um homem perverso há mais de cem anos. Chama nossa atenção para um desafio atual: a luta travada nos indivíduos para abandonar suas próprias clausuras e partir em direção à realização pessoal, indo ao encontro do prazer de existir aqui e agora.

A VAGALUZES Filmes experimenta uma maneira inovadora de fazer cinema. Reúne profissionais que com uma visão sistêmica, exercitam em suas ações e criações a busca consciente pela sustentabilidade, com destaque para a valorização da cultura, da arte, do ser humano e do ambiente. A Usina da Alegria Planetária, coletivo criativo de artistas, é produtora associada ao filme na direção de arte. Em maio, realizou o Workshop Tramas, de compartilhamento de saberes na construção de cenário e figurino, evento gratuito e aberto à comunidade.

VAGALUZES FILMES
Empresa produtora de conteúdo audiovisual dirigida por Sandra Alves e Vera Longo, realiza projetos artísticos, educativos, culturais e socioambientais em cinema, TV, fotografia e artes visuais. Registrada na Ancine, filiada ao Programa Cinema do Brasil/Apex/MinC e à Santacine.

Realizou entre outros o média-metragem L´AMAR (2003, 19’, 35mm), que integra o catálogo da Programadora Brasil. Ganhador do Edital Catarinense de Cinema de 2001, estreou no 14º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo e fez parte da seleção oficial do Festival de Cuba – 28º Festival Internacional del Nuevo Cine Latino-americano em 2004. Integrou o Programa Curta Petrobras às 6 em 2005, participou de diversos festivais nacionais e internacionais, recebendo 2 menções especiais.

Em 2004 realizou a ficção MEMORIAEMOÇÃO (13’, HDV), em parceria com o Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira/Portugal. Com a participação dos atores Dira Paes e Cláudio Jaborandy. Filme selecionado para o 16º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, 2005.

Sandra Alves

Idealizadora e diretora geral da VAGALUZES FILMES. Multiartista, envolve-se no processo completo da realização audiovisual atuando em diferentes departamentos, desde a concepção dos projetos, direção, fotografia, produção executiva, montagem e finalização das obras.

É diretora, autora do argumento, produtora executiva e montadora de Rendas no Ar. Em 2009 realizou com Vera Longo o documentário “Percepção de Risco, a Descoberta de um Novo Olhar” (para Defesa Civil SC e UFSC), lançado no CineSESC/SP, premiado como melhor longa-metragem do FriCine 2009, IV Festival Internacional de Cinema Ambiental de Nova Friburgo-RJ e selecionado para o Cine Eco 2009 – XV Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela, Seia/Portugal.

Vera Longo

Psicóloga formada pela PUC-SP e educadora, é diretora executiva da VAGALUZES FILMES, onde atua na elaboração de projetos, produção executiva e criação artística com foco para roteiro e montagem. É sócia fundadora do Instituto Harmonia na Terra (OSCIP Socioambiental). Participou da fundação do Projeto Quixote/UNIFESP, onde trabalhou durante seis anos com crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social.

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