Entrou em vigor, na última semana, as novas regras do cadastro positivo que devem injetar ânimo na economia com financiamentos a juros mais baixos e melhores condições de pagamento.
A partir do dia 09, dados de 137 milhões de consumidores vão abastecer os birôs de crédito (Serara, SPC Brasil e BOA Vista) que vão calcular notas que vão de zero a mil, em uma escala de bons pagadores. “O novo sistema mostra todos os resultados, negativos e positivos, do cadastro e não apenas três, como antes”, salienta a advogada Graziela Cória Kleinubing, do Vilela Veiga Meneghel Zappelini Advogados.
Os mais beneficiados devem ser os cidadãos que atualmente estão alijados do mercado de crédito, apesar de estarem em dia com seus boletos de água, luz e telefone. Estas pessoas fazem parte da população praticamente ignoradas pelas instituições financeiras.
Da mesma forma que as pessoas físicas, 2,5 milhões de micro, pequenos e médios empreendedores que hoje não têm acesso a empréstimos por falta de histórico de pagamento poderão requerer financiamento para os negócios, depois de serem incluídos automaticamente no cadastro positivo.
Ao todo, a expectativa é que o cadastro positivo gere um impacto de 1,3 trilhão de reais em uma década, movimentando setores de habitação e o de automóveis.
– O que será compartilhado: Serasa, SPC Brasil, Quod e Boa Vista poderão visualizar o total da fatura do cartão de crédito, mas sem ter acesso aos gastos individuais – e de forma alguma poderão movimentar a conta corrente dos clientes. As únicas informações compartilhadas são o histórico de crédito: se tomou financiamento imobiliário e se as parcelas estão sendo quitadas.
– Sigilo: É simples. Basta solicitar a um dos birôs para que as informações não integrem o banco de dados (chamado opt-out). Para isso, entre em contato com essas empresas pelos sites.
– “Golpe”: Nenhum birô solicita que você digite a sua conta nem a sua senha. Se está em dúvida, o melhor a fazer é entrar no site oficial dos birôs.