16.5 C
fpolis
sábado, abril 20, 2024
Cinesystem

Depressão é tema que será discutido em encontro na Livrarias Catarinense

spot_img

Depressão é tema que será discutido em encontro na Livrarias Catarinense

spot_imgspot_img
No próximo dia 31 de outubro, a partir das 19h30, Yuri Amado, psicanalista, comanda mais uma edição do projeto Estudo de Caso, com a temática Depressão, na Livrarias Catarinense no Beiramar Shopping.
É convencionado no meio médico, que o quadro de depressão pode ser caracterizado desde que ele cumpra três condições, que são inibição psíquica, ou seja, apatia e desinteresse pelas coisas do mundo; estreitamento do campo vivencial, ou perda de prazer; e sofrimento moral, que é a baixa auto-estima. “É o quadro clínico mais vagamente delimitado dentro da psicopatologia, pois suas manifestações sintomáticas são bastante diversas, podendo se mostrar sob a forma de uma personalidade taciturna, amuada, ranzinza, agressiva, de exagerada excitação, mania, delírio entre outros. O que também faz ser o quadro clínico que mais passará despercebido como um problema quando é interpretado pelo entendimento comum das pessoas próximas”, explica Yuri Amado psicanalista.
 
Também é a doença que vem sendo trunfo para os psicofármacos, por manifestar sintomas que apresentam uma considerável maleabilidade sob a administração de drogas médicas. “Ademais de podermos demonstrar dentro da dinâmica química do paciente, as falhas que envolvem sua depressão, este quadro liga-se sempre de alguma forma a dificuldades de administração afetiva, sejam elas apresentadas após uma situação vivencial, sejam elas conjunturas não percebidas da vida do sujeito”, diz Yuri. “Com isso a depressão vem a ser um quadro que se apresenta com maior freqüência na meia idade, e é cada vez mais notado em adolescentes, uma faixa etária estreita na vida de uma pessoa, mas muito povoada de tensões de razão amorosa e afetiva”, lembra o psicanalista. 
 
Há de se notar que o depressivo não comete suicídio, em função mesmo do alto investimento que dedica a si próprio, desfalcado em interesse sobre as coisas do mundo. “Um suicídio, ao contrário do que é ingenuamente acreditado, não se destina a acabar com algo, mas sim fazer algo. Por isso, é o maníaco quem se suicida, um caso muito descrito pela psicologia como um transtorno maníaco-depressivo”, explica Yuri. 
O psicanalista informa que em geral, as pessoas que sofrem da forma depressiva, são pessoas bastante produtivas no trabalho, de grande perspicácia intelectual e notada capacidade em analisar problemas. “Estas habilidades são obviamente valorizadas no meio profissional, que acaba por estimular sua evolução em função de estimular seus vieses úteis”, conta. 
Em geral a pessoa se torna muito crítica de suas limitações e incapacidades, fato que levou Freud a se indagar se era preciso uma pessoa adoecer desta forma para conseguir naturalmente uma avaliação assim correta de sua própria condição. “Não se trata de um sinônimo para tristeza, este, um processo dito normal e esperado para as pessoas em diversas situações. A pessoa fica, entretanto, em um permanente estado permanente de luto sem que haja um alvo para esse”, diz. 
No dia do evento, que será na Livrarias Catarinense no Beiramar Shopping, será realizada uma palestra e depois aberto para discussões e perguntas. A entrada é gratuita. Mais informações: (48) 3271.6000.
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Leia mais

spot_img