O saldo de empregos formais em fevereiro foi positivo (12.108) em Santa Catarina. Este resultado foi pior do que o observado em fevereiro de 2014, quando o estado criou 27.891 vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). No Brasil, houve saldo negativo de -2.415 empregos formais. Esta marca representa uma fortíssima queda em relação ao mesmo mês de 2014, quando foram criadas 260.823 vagas. O resultado representa o pior desempenho para o mês desde 1999.
Em Santa Catarina, no mês de fevereiro, comércio e agropecuária apresentarem resultados negativos, -2.203 e -322, respectivamente. Indústria (9.196), Serviços (5.289) e Construção Civil (148) apresentaram resultados positivos. Até agora no ano no estado foram criados 26.755 vagas. Sendo 15.293 na indústria; 2.462 na construção civil; -5.315 no comércio; 9.550 nos serviços e 4.755 na agropecuária.
No Estado, a baixa criação de vagas está relacionada com os indicadores econômicos. Todos os setores, acossados pelo forte aumento do custo do trabalho, apresentaram resultados inferiores a 2014. A agropecuária teve um desempenho -14,7% menor que em 2014. O comércio com volume de vendas em declínio aprofundou drasticamente as demissões. O saldo negativo em 2014 até fevereiro era de -826. Este ano chegou a -5.315. A indústria com a atividade em queda no estado (-2,7% no acumulado de 12 meses) reduziu sua criação de postos de trabalho em -26,3% e, por fim, os serviços, com um saldo de vagas de -37,8% inferior sentem os efeitos da própria desaceleração dos demais setores.
Estes resultados negativos, tanto para Santa Catarina, quanto para o Brasil, preocupam e demonstram que o mercado de trabalho já não consegue mais ser tão dinâmico como na última década. A elevação dos custos do trabalho não vem acompanhada por aumentos de produtividade, assim, o resultado é a compressão da margem de lucro das empresas, inflação e redução em seus investimentos. Processo que, neste início de ano, é agravado pelo mau desempenho da economia brasileira, o que reduz a confiança do empresário em investir e, por consequência, retrai a criação de empregos formais. O resultado desse processo é o panorama atual da economia brasileira de longa estagnação do crescimento. A Fecomércio SC defende uma ampla reforma tributária e trabalhista, a fim de aumentar a competitividade de nossas empresas e sair do patamar de baixo crescimento.
No Brasil, no acumulado de 2015 (janeiro mais fevereiro), foram fechados -84.189 novos postos de trabalho, enquanto que no mesmo período do ano passado o país havia criado 290.418 empregos.