A Mostra de Longas do Mercosul, a mais concorrida e charmosa de todas ao longo dos anos de realização do FAM, terá novamente uma programação imperdível, elaborada cuidadosamente, com produções do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Espanha, inéditas em Santa Catarina. A exibição de Budapeste, de Walter Carvalho no encerramento no dia 12, comprova a qualidade da mostra.

As sessões iniciam sempre às 21 horas, no Auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

A Erva do Rato, do polêmico cineasta Júlio Bressane, nesta sexta, dia 5 é o primeiro longa da mostra, depois da abertura oficial, marcada para as 19h30.

O argentino El Fin de la Espera, dirigido e roteirizado pelo cordobês Francisco D`Intino, no sábado, dia 6, acompanha a obstinação de um homem para manter um lar de crianças em dificuldades financeiras no meio rural.

La Buena Vida, de Andrés Wood, é o longa do domingo, dia 7. O filme, de 2008, é uma co-produção Chile, Argentina, Espanha, França e Reino Unido e trata da vida de quatro personagens na urbana Santiago do Chile. Wood é o mesmo diretor de Machuca, sucesso de público no FAM

Na segunda, dia 8, o filme espanhol Los Muertos Van Deprisa, de Ángel De La Cruz, apresenta a história de uma caminhoneira que tem seu caminhão bloqueado numa vila entre um monumento surrealista e a porta do cemitério, no momento do velório do artista que fez a escultura. A presença desse filme é uma homenagem do FAM ao acordo bilateral Brasil-Galícia que fomenta a co-produção e exibição de novas produções, e está com inscrições abertas.

Sofacama, de Ulises Rosell, no dia 9, é mais um representante argentino. A comédia dramática traz personagens tipicamente argentinos e relata o cotidiano de uma família composta por uma mãe, seus três filhos e uma amiga que aparece para passar uns dias.

No dia 10, outro filme brasileiro, Se Nada Mais Der Certo, de José Eduardo Belmonte, eleito nesta última edição do 11º Festival de Cinema Brasileiro de Paris como melhor filme, tendo conquistado também os prêmios de melhor atriz (Caroline Abras) e melhor ator (João Miguel). Cauã Reymond um jornalista com problemas financeiros, que se envolve num golpe, ajudado pelo taxista (Miguel) e por uma andrógina (Abras).

O uruguaio Polvo Nuestro que estás em los Cielos, da diretora Beatriz Flores, dia 11, acompanha a revolução política no país durante sete anos até o golpe de 1973, por meio da personagem Masángeles. Sua mãe acaba de morrer e ela vai viver com o pai, político poderoso, e se envolver com 10 personagens neuróticos e seus diferentes caminhos políticos nessa época conturbada. O filme é uma co-produção Uruguai/Bélgica/Chile/Cuba e Suíça.

Budapeste, a adaptação Walter Carvalho do livro de Chico Buarque, vem novíssimo para encerrar o FAM no dia 12. Sua estréia nacional foi em 22 de maio. Este é o primeiro filme dirigido por Walter Carvalho, reconhecido diretor de fotografia de Central do Brasil e Carandiru, entre outros. O roteiro é do próprio Chico e de Rita Buzzar. Na história, José Costa (Leonardo Medeiros), um escritor carioca que trabalha como ghost writer e vai para Budapeste, divide-se entre a paixão pela húngara Kriska (Gabriella Hámori) e o amor pela mulher, Vanda (Giovanna Antonelli). O filme é uma co-produção Brasil/Portugal/Hungria.

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