Motoristas e cobradores decidiram entrar em greve em Florianópolis e deverão parar de trabalhar a partir da 0h de segunda-feira, 28. A decisão foi tomada em assembleias da categoria realizadas na Capital durante esta quarta-feira, 23, e o início da paralisação vai respeitar as 72 horas protocolares de aviso prévio.

No domingo, véspera do início efetivo da greve, outra assembleia será realizada no Centro da cidade, para que se decida se os ônibus irão parar de circular à 0h ou às 7h.

As informações são de Deonísio Linder, da direção do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte coletivo da Grande Florianópolis (Sintraturb), em entrevista ao DeOlhoNaIlha. Segundo ele, nem Prefeitura nem ninguém do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (SETUF) procurou os trabalhadores.

Segundo informações da rádio CBN/Diário, cerca de 400 trabalhadores, entre motoristas e cobradores, participaram da assembleia da manhã. Na da tarde, mais 200 profissionais se reuniram. Nos dois encontros, foi decidido que a greve era inevitável.

A principal reivindicação do sindicato é a redução da jornada de trabalho para seis horas diárias (40 minutos a menos por dia). Segundo o Sintraturb, esta é uma demanda da categoria desde 2009.

A alegação dos trabalhadores é de que quase 20% dos motoristas e cobradores estão neste momento afastadas do serviço por determinação médica devido ao estresse do trânsito em Florianópolis.

Para o SETUF, caso essa medida seja atendida por parte dos patrões, seria necessário contratar cerca de 100 motoristas e 100 cobradores para manter os horários em dia.

Por consequência, explica o sindicato patronal, este acréscimo de 200 trabalhadores geraria um impacto de 25% no custo da mão de obra das empresas – custo que, atualmente, representa até 40% no valor da tarifa. O aumento das passagens, portanto, seria de até 10%.

O vice-prefeito e secretário municipal de Transportes, João Batista Nunes, a reivindicação do Sintraturb não tem como ser atendida.

Foto: www.site.sintraturb.com.br