Um balanço divulgado pela Assistência Social de Florianópolis nesta segunda-feira, 9, mostra que grande parte dos moradores de rua da Capital não aceitam ajuda dos serviços oferecidos pelo Executivo Municipal. As estatísticas indicam que em 60% dos casos, os cidadãos abordados não aceitam o auxílio oferecido. No ano de 2014 foram feitas um total de 937 abordagens. As informações são da Secretaria de Comunicação da Prefeitura da Capital.
As estatísticas da secretaria apontam que o desafio na cidade não é apenas manter um amplo serviço de assistência disponível aos moradores de rua e usuários de drogas, mas sim, fazer com que estas pessoas aceitem o atendimento.
A responsável pelo Abordagem de Rua, projeto que diariamente tenta resgatar moradores de rua para os serviços da prefeitura, Irma Remor Silva, está há 14 anos trabalhando na área e conta que sempre houve esta resistência.
Nas sextas-feiras à noite muitos saem do Albergue Municipal
Inaugurado em agosto do ano passado, o primeiro Albergue Municipal de Florianópolis já atendeu mais 400 pessoas para pernoite. A unidade tem 50 leitos e recebe mais de 40 pessoas por dia, que também têm direito à alimentação e higiene. Apesar de todo o apoio ofertado, às sextas-feiras o local fica esvaziado.
“O pessoal sai e se perde no fim de semana em festas e bebidas e maior parte acaba não voltando mais na semana seguinte”, explica o coordenador do local, Cesar Cruz.
Conheça os serviços oferecidos pela Prefeitura de Florianópolis aos moradores de rua e usuários de drogas
– Centro POP, na passarela Nego Quirido: são disponibilizadas alimentação (café da manhã, almoço e lanche) e higiene pessoal.
– Casa de Apoio, rua General Bittencourt (Centro): o morador pode permanecer até seis meses no local, onde passa o dia, tem todas as refeições, dormitório, banheiro, e de lá é encaminhado para cursos técnicos, assistência à saúde e vagas de emprego.
– Albergue Municipal, rua General Bittencourt (Centro): pernoite, café da manhã e jantar.